Governo busca alternativa à Starlink para ampliar acesso à internet

O ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, afirmou que o governo está empenhado em buscar alternativas ao serviço de satélites de baixa órbita, atualmente dominado pela Starlink, de Elon Musk, visando ampliar a conectividade no país. A iniciativa visa diversificar o mercado e estimular a concorrência na oferta de internet via satélite.

Alternativas ao domínio da Starlink no Brasil

Segundo o ministro, uma das empresas com maior interesse no mercado brasileiro é a chinesa SpaceSail, que, conforme previsão, estima-se que já em 2026 poderá disponibilizar tecnologia de satélites de baixa órbita no país. “Estamos em fase de prospecção com empresas internacionais, incluindo chinesas, canadenses, europeias e indianas, com o objetivo de oferecer mais opções para consumidores e o governo”, explicou Frederico de Siqueira Filho.

Projeto de expansão e regulação

O ministro destacou que a maior atuação da SpaceSail no Brasil depende de condições de licenciamento e de possibilidades de financiamento por parte das agências reguladoras e bancos de fomento. Ele também afirmou que a Anatel já aprovou o pedido da Starlink para ampliar sua operação no país, que prevê a instalação de até 75 mil satélites, reforçando a liderança da empresa no segmento no Brasil com 372 mil clientes, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

“Nosso esforço é criar competitividade e proporcionar mais alternativas aos usuários, evitando um monopólio e garantindo preços mais acessíveis”, destacou Frederico de Siqueira Filho.

Perspectivas e desafios técnicos

O ministro ressaltou que o governo busca acelerar a implantação de tecnologias que possam conectar zonas rurais e centros urbanos menores, e que a expectativa é de que até o fim de 2026 a tecnologia de satélites de baixa órbita esteja totalmente operacional no Brasil.

Ele também mencionou que, em breve, deve ser publicado um decreto que regulamentará a TV 3.0, uma inovação que promete revolucionar a radiodifusão no país, além de discutir a antecipação das metas de cobertura do 5G, com prazos até julho de 2030.

Conservação da estabilidade e relações internacionais

Ao ser questionado sobre a relação do governo com os Estados Unidos diante da atuação da Starlink, Frederico de Siqueira Filho afirmou que a estratégia do ministério é oferecer alternativas, promovendo uma maior competição no setor, sem que haja intenção de afastar ou criar tensões diplomáticas com o país de Elon Musk. “O mercado internacional de tecnologia funciona dessa maneira e buscamos colocar o Brasil na condição de um polo de inovação”, explicou.

Investimentos e futuros movimentos

A expectativa é que até o final de 2026 o Brasil esteja com uma operação de satélites de baixa órbita diversificada e competitiva, facilitando a entrada de novos investidores e tecnologias no mercado brasileiro de telecomunicações, reforçando a inclusão digital e o desenvolvimento do setor.

Para saber mais sobre os planos do governo para ampliar a conectividade no Brasil, acesse a matéria completa.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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