Governo adia ‘Enem dos Concursos’ por causa dos temporais no RS

O governo federal decidiu adiar o Concurso Público Nacional Unificado, o ‘Enem dos Concursos’, após chuvas deixarem quase 40 mortos no Rio Grande do Sul e temporais atingirem Santa Catarina nos últimos dias.

As provas seriam realizadas no próximo domingo (5).

O anúncio oficial foi feito na tarde desta sexta (3), pela ministra Esther Dweck (Gestão).

Segundo a ministra, a medida foi necessária para garantir a segurança de todos os envolvidos, seja candidatos, seja funcionários. Ainda não há nova data para a realização das provas.

As provas já tinham sido entregues a 65% dos locais, segundo o ministério. Dweck afirmou que os documentos serão novamente reunidos e que o mais provável é que, quando o concurso for remarcado, sejam usados os mesmos testes.

A ministra também declarou que a escolha da nova data depende não só do Rio Grande do Sul, mas também de diferentes questões logísticas. Cerca de 65 mil salas em mais de 4 mil localidades estavam reservadas para a aplicação das provas no domingo.

O governo se dividiu sobre o tema devido ao risco jurídico de adiar o concurso e chegou a anunciar na noite de quinta-feira (2) que a prova estava mantida —com “todos os esforços para garantir, no Rio Grande do Sul, a participação dos candidatos”.

A ministra afirmou que o governo tentou garantir a aplicação das provas ao máximo pelo compromisso com os cerca de 2 milhões de candidatos inscritos. A avaliação, disse, é de que a decisão foi “tomada no momento certo, no limite do que era possível”.

“Até ontem a gente ainda esperava que seria possível garantir a realização da prova até no Rio Grande do Sul, mesmo sabendo do cenário, porque ainda existia insegura sobre como estaria no domingo a situação. Hoje, de fato, diante do agravamento da situação, a gente viu que era inviável”, disse.

“A gente tentou ao máximo garantir a prova porque a gente sabe que tem 2.050.000 pessoas que estavam fora do Rio Grande do Sul inscritas para fazer a prova. A gente tem um compromisso com todo mundo. Mas hoje realmente se tornou inviável.”

A avaliação do governo federal é de que a grande maioria dos candidatos se deslocaria até os locais de prova na véspera, sábado (4), ou no próprio domingo. Cerca de 94% dos inscritos, segundo o Ministério da Gestão, moram a até 100 km de onde fariam o concurso.

Da Redação

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