Governadora do Fed, Adriana Kugler, renuncia e abre espaço para indicação de Trump

A governadora do Banco Central americano, Adriana Kugler, anunciou sua renúncia do Conselho de Governadores do Federal Reserve nesta sexta-feira, de acordo com comunicado do próprio Fed. A saída ocorre em um momento de alta tensão política, oferecendo ao presidente Donald Trump uma oportunidade de nomear um novo membro alinhado à sua visão sobre as taxas de juros.

Impacto no cenário do Federal Reserve e nas taxas de juros

A saída de Kugler, cujo mandato iria até janeiro de 2026, reacende a expectativa de que Trump possa influenciar a política monetária do país. O presidente dos EUA expressou, por meio de redes sociais, satisfação com a abertura de uma vaga no Fed, sugerindo que sua renúncia estaria relacionada a discordâncias com o presidente da instituição, Jerome Powell. “Acredito que ela discordou de ‘Too Late’ sobre a taxa de juros”, afirmou Trump.

Reação do mercado e possibilidades de cortes nas taxas

Após a notícia, os mercados financeiros reagiram rapidamente, com os títulos do Tesouro dos EUA de curto prazo apresentando a maior queda desde dezembro de 2023 — uma redução de até 29 pontos-base no rendimento dos títulos de dois anos, altamente sensíveis às decisões do Fed. Os investidores passaram a apostar com maior força em cortes de juros, agora precificados como possíveis ainda neste ano, com uma probabilidade de 90% de ajuste na próxima reunião do Fed, marcada para setembro.

Contexto político e cenário de pressão

Trump tem feito forte pressão sobre o Fed e o presidente da instituição, Jerome Powell, para que cortem as taxas de juros. Nos últimos meses, o mandatário criticou publicamente a postura do banco central, inclusive na reforma da sede do Fed, e chegou a pedir a renúncia de Powell. Em suas declarações mais recentes, o presidente insistiu na necessidade de cortes nas taxas, que ainda não foram implementados nesta temporada.

Influência de Kugler e sua trajetória

Nascida na Colômbia e primeira hispânica a integrar o conselho de governadores do Fed, Kugler tinha mandato até janeiro de 2026. Antes de ingressar na instituição, ela foi representante dos EUA no Banco Mundial e economista-chefe no Departamento do Trabalho durante o governo Obama. Sua renúncia, que será efetiva a partir de 8 de agosto, marca o fim de uma fase importante, com ela retornando à Universidade de Georgetown.

Perspectivas e próximos passos

Com a renúncia de Kugler, o foco se volta para a nomeação de um substituto que possa alinhar-se às expectativas de Trump, que busca um membro do Fed disposto a apoiar cortes nas taxas de juros. Analistas apontam que o governo pode nomear inicialmente alguém para a vaga de Kugler e, posteriormente, indicar essa mesma pessoa para presidir o banco central, cujo mandato de Powell vai até maio de 2026.

Segundo fontes do governo dos EUA, nomes como Kevin Hassett, ex-conselheiro econômico da Casa Branca, Kevin Warsh, ex-governador do Fed, e Christopher Waller, atual governador, estão na lista de possíveis indicados para liderar o Fed.

A decisão de Kugler de deixar o conselho influencia o cenário de política monetária e mostra a crescente interferência de Trump no banco central, em meio às disputas sobre a direção das taxas de juros e as futuras estratégias econômicas.

Para mais detalhes, consulte a matéria completa no Fonte oficial.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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