EUA ameaçam ampliar tarifas contra compradores de petróleo russo se UE fizer o mesmo
Os Estados Unidos estão dispostos a ampliar tarifas sobre os compradores de petróleo russo, caso a União Europeia adote medidas semelhantes para limitar as receitas de Moscou, que financiam a guerra na Ucrânia, afirmou um funcionário americano na terça-feira à AFP. A estratégia visa pressionar o aumento do financiamento russo por países como China e Índia.
Intensificação das tarifas contra compradores de petróleo russo
Washington já promove a implementação de tarifas específicas contra a Índia e busca aplicar esse tipo de sanção contra a China, com o objetivo de atacar a fonte de financiamento da máquina de guerra russa, que depende das compras de petróleo por esses países, segundo um alto representante do governo dos Estados Unidos.
Reuniões e alinhamento com a União Europeia
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, reuniu-se na segunda e na terça-feira com uma delegação europeia, incluindo o responsável pelas sanções da UE, David O’Sullivan. Bessent afirmou que os EUA estão prontos para agir imediatamente, caso a UE concorde em adotar medidas semelhantes.
Pressão conjunta contra a Rússia
“A fonte de financiamento da máquina de guerra russa são as compras de petróleo pela China e pela Índia. Se não atacarmos essa fonte, não conseguiremos parar a guerra”, explicou um funcionário norte-americano à AFP. O objetivo é atuar diretamente na cadeia de financiamento do conflito, buscando sufocar os recursos de Moscou.
Posição de Trump e próximas ações
O ex-presidente Donald Trump, atualmente ativo na política, afirmou na rede social Truth Social que está “pronto para agir agora”, se for necessário, sugerindo a possibilidade de novas sanções contra a Rússia. Segundo ele, as negociações comerciais com a Índia continuam para resolver as barreiras existentes, o que Trump considera importante para fortalecer alianças.
Na semana passada, Trump declarou na Casa Branca que “está disposto a lançar uma nova fase de sanções contra a Rússia”, reforçando sua postura de pressão econômica. Além disso, o governo americano busca coordenar ações com a União Europeia, reforçando que os dois blocos devem atuar juntos para aumentar a pressão sobre Moscou.
Implicações e expectativas
Analistas avaliam que a intensificação das tarifas e sanções pode impactar significativamente o financiamento russo, contribuindo para frear o conflito na Ucrânia. Ainda, a tentativa de unificação das ações econômicas entre EUA e UE revela um esforço coordenado para maximizar o efeito das sanções internacionais contra Moscou.
Mais detalhes sobre as negociações e possíveis sanções devem surgir nas próximas semanas, enquanto Washington e Bruxelas buscam fortalecer a pressão econômica sobre a Rússia, visando encerrar o conflito na Ucrânia e limitar os recursos do Kremlin.
Fonte: O Globo
Com informações do Jornal Diário do Povo
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