Estreito de Ormuz mantém sua importância para a economia global
O estreito de Ormuz, localizado entre os Emirados Árabes Unidos e Omã, continua sendo uma das rotas mais estratégicas para o transporte de petróleo bruto, respondendo por cerca de 20% do petróleo movimentado globalmente, segundo analistas do setor. Sua importância para a economia mundial é proporcional à sua posição geopolítica delicada e às tensões que frequentemente envolvem a região.
Importância do estreito de Ormuz para o petróleo mundial
Com aproximadamente 39 quilômetros de largura, o estreito de Ormuz conecta o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã, sendo a principal passagem para o petróleo produzido na região do Oriente Médio. Segundo dados da Agência Internacional de Energia (IEA), mais de 18 milhões de barris de petróleo por dia passam por essa via, o que representa uma parcela significativa do consumo mundial.
“A estabilidade do estreito de Ormuz é essencial para garantir o fornecimento de energia às principais economias do planeta”, afirma Maria Carvalho, especialista em energia e geopolítica, em entrevista ao O Globo.
Riscos e tensões na região
Nos últimos anos, o estreito de Ormuz tem sido palco de incidentes envolvendo ataques a navios e ameaças de bloqueio, despertando preocupações de uma possível escalada militar. Em 2019, aumentaram as tensões entre Estados Unidos e Irã, levando a uma crise que colocou em risco o fluxo de petróleo pelo canal.
Especialistas alertam que qualquer tentativa de bloqueio ou conflito na região pode causar uma elevação significativa nos preços do petróleo, afetando a economia global e a inflação em diversos países.
Perspectivas futuras
Autoridades internacionais e analistas defendem a busca por acordos diplomáticos e maior cooperação entre os países da região para garantir a segurança da rota. Além disso, a diversificação das fontes de energia é vista como uma estratégia de longo prazo para reduzir a vulnerabilidade frente a possíveis interrupções.
Turquias, por exemplo, tem investido no fortalecimento de rotas alternativas e na expansão de fontes de energia renovável para diminuir a dependência do petróleo via estreito de Ormuz, conforme destacado pela IEA.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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