Estatais devem fechar 2023 com rombo de quase R$ 6 bilhões
As estatais brasileiras devem fechar 2023 com um rombo de quase R$ 6 bilhões e pela primeira vez em oito anos, o Tesouro Nacional pode ter que cobrir esse déficit.
As estatais federais tiveram superávits nos últimos cinco anos. A única exceção foi em 2020, quando, por causa da pandemia da Covid, fecharam com déficit de R$ 600 milhões. Em 2021, as estatais registraram um resultado positivo de R$ 3 bilhões. No ano passado, também, quase R$ 5 bilhões. De acordo com números do Banco Central, de 2012 a 2017, elas fecharam no vermelho.
Nos anos seguintes, o superávit foi garantido com aportes do governo. Segundo o Tesouro Nacional, em 2018, a gestão do então presidente Michel Temer injetou R$ 5 bilhões no caixa das estatais e no governo Jair Bolsonaro, foram R$ 10 bilhões.
Pra este ano, a última projeção dos ministérios da Fazenda e do Planejamento aponta para um rombo, que deve ser maior do que o previsto no orçamento aprovado no ano passado, ainda na gestão Bolsonaro.
Hoje, a meta de resultado das estatais federais é de que as despesas ultrapassem as receitas em R$ 3 bilhões, mas a equipe econômica já trabalha com uma projeção de um déficit ainda maior, de quase R$ 6 bilhões. Se acontecer, terá que ser compensada pelo Tesouro Nacional.
governo afirma que a privatização da Eletrobras ajuda a explicar a revisão da meta fiscal. Segundo o Ministério da Gestão, desde 2010 as estatais de energia eram excluídas das estatísticas fiscais. Mas, com a privatização da Eletrobras, a Eletronuclear, que fazia parte da holding da Eletrobras, permaneceu como empresa estatal, e, neste ano, passou a ser incorporada às estatísticas fiscais. O rombo da Eletronuclear até julho estava em R$ 709 milhões e a previsão é fechar o ano com déficit de mais de R$ 2 bilhões.
Da Redação
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