Especialistas minimizam ameaça militar dos EUA ao Brasil
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que os Estados Unidos não planejam sanções ou ações militares contra o Brasil, mesmo com o avanço do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi interpretada por especialistas como uma tentativa de minizar uma possível escalada de tensões entre os dois países.
Repercussão internacional e análise de especialistas
Segundo Carlos Frederico de Souza Coelho, professor de Relações Internacionais da PUC-Rio e do Exército, a fala da porta-voz foi inadequada, mas não indica uma ação militar planejada pelos EUA contra o Brasil. “A ameaça da maior potência militar do planeta, com um histórico de intervenções, foi minimizada por especialistas”, comenta. O cientista político José Niemeyer também reforça que, apesar de parecer uma escalada, não há indícios de uma intervenção militar em relação ao Brasil.
Impacto na relação bilateral
Embora a fala dos EUA pareça uma tentativa de influenciar a política brasileira, ambos os acadêmicos concordam que o conteúdo não representa uma política oficial. “Não acredito que os EUA estejam planejando ações militares contra o Brasil”, afirma Niemeyer. Para Carlos Frederico, o que mais preocupa é o distanciamento político e diplomático entre os países.
Desconexão entre os governos americano e brasileiro
Ele destaca que, apesar das diferenças ideológicas, as relações haviam permanecida relativamente sólidas, mas vêm se deteriorando. “Os Estados Unidos estão singificando o Brasil de uma maneira que não fazem com outros países, o que é injusto”, avalia. Segundo ele, a ausência de canais de diálogo entre os governos é um fator que preocupa, especialmente diante do isolamento de alguns interlocutores brasileiros no cenário internacional.
Cenário econômico e reações aos conflitos diplomáticos
Carlos Frederico também aponta que a situação favorece o Brasil, pois pode indicar que a economia americana também sofre com a sobretaxa. Ele acredita que, caso o governo Trump decida implementar retaliações, essas deverão ser individuais, principalmente contra ministros do STF, como uma estratégia de retaliação mais limitada e específica. “A ausência de sanções tarifárias ao momento é um sinal positivo que aponta para uma eventual influência do cenário econômico na postura americana”, conclui.
Perspectivas para o futuro das relações
Apesar do discurso forte, os especialistas consideram que a situação não passa de um momento de tensão pontual, sem a perspectiva de uma intervenção militar direta. O cenário mais provável, avaliam, é que as relações diplomáticas continuem tensas, mas sem rupturas definitivas nos vínculos históricos entre Brasil e Estados Unidos.
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Com informações do Jornal Diário do Povo
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