Equador paralisa transporte de petróleo por fortes chuvas e deslizamentos
As autoridades do Equador anunciaram nesta quarta-feira a paralisação temporária do transporte de petróleo por oleodutos devido às fortes chuvas que causaram deslizamentos de terra e inundações na região amazônica. A medida visa proteger a infraestrutura e evitar vazamentos ambientais, enquanto as operações estão sendo retomadas com construção de desvios.
Impacto nas operações dos oleodutos
As operações dos dois principais oleodutos do país, que transportam cerca de 1,17 milhão de barris de petróleo por dia até os portos no Pacífico, foram suspensas nas últimas semanas por erosões provocadas pelos temporais. Segundo a Petroecuador, técnicos estão construindo um desvio no traçado do Sistema de Oleoduto Transequatoriano (Sote), cuja conclusão está prevista para cerca de três dias, permitindo a retomada segura do transporte.
“Determinou-se a suspensão preventiva do bombeamento do Sistema de Oleoduto Transequatoriano (Sote), como medida para proteger a infraestrutura e o ambiente natural de possíveis danos que possam causar vazamentos”, comunicou a estatal Petroecuador.
Interferências e riscos adicionais
Além do Sote, o Oleoduto de Petróleos Pesados (OCP), que também transporta petróleo da mesma região, teve sua operação suspensa na terça-feira devido à erosão causada pelo rio Loco, na província de Napo. Ambos os dutos, que transportam aproximadamente 810 mil e 450 mil barris diários, representam uma parte significativa das exportações do Equador, que no ano passado totalizaram US$ 8,65 bilhões.
O país dispõe de reservas estratégicas no porto do Pacífico para garantir exportações temporariamente, mas a interrupção na operação dos oleodutos afeta o fluxo de petróleo, principal produto de exportação do país.
Consequências e contexto atual
Desde o começo de 2024, o Equador já registra 50 mortes, quase 61 mil desabrigados e mil casas destruídas devido às chuvas intensas e deslizamentos, conforme balanço do ministério local. O rigoroso inverno, aliado às condições climáticas adversas, provoca novos deslizamentos e enchentes nas províncias de Napo e Orellana.
Segundo o serviço de segurança ECU911, uma pessoa continua desaparecida e outra foi ferida nesses eventos, que também destruíram habitações e alteraram o transporte de commodities na região. As autoridades destacam a necessidade de ações contínuas de proteção e manutenção da infraestrutura para minimizar os riscos futuros.
Para mais detalhes, acesse o fonte original.
Com informações do Jornal Diário do Povo
Publicar comentário