Efeitos do tarifaço americano impactam mais a economia dos EUA do que o Brasil

A política de Trump de elevar tarifas de importação dos EUA mostrou-se mais prejudicial à economia americana do que inicialmente esperado. Antes, o crescimento do PIB previsto para 2025 era de 3%; agora, a projeção caiu para 1,8%, uma forte redução em relação aos 2,8% registrados em 2024, conforme análise do jornalista Fernando Canzian na Folha de S.Paulo. A medida, que visa proteger a indústria nacional, ainda apresenta riscos de aumento da inflação devido à dificuldade de empresas absorverem o impacto na margem de lucro.

Impactos do tarifaço sobre as exportações brasileiras e brasileiras

Enquanto os EUA enfrentam dificuldades, no Brasil o efeito das sobretaxas sobre as exportações brasileiras foi menor do que o esperado, dois meses após a entrada em vigor da nova tarifação. Segundo cálculos de instituições, a sobretaxa de 50% afetou apenas 44,6% das exportações, principalmente commodities como carne, café e açúcar, que conseguiram redirecionar suas vendas a outros mercados. Ainda assim, setores como calçados e madeira sofreram prejuízos significativos, levando a demissões e dificuldades financeiras.

Redução na rentabilidade e os efeitos na cadeia produtiva brasileira

Dados da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), publicados pelo Valor, revelam que a política tarifária de Trump resultou na perda de rentabilidade em 24 das 29 atividades analisadas. Em agosto, essa queda foi de 7,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo uma redução nas margens de lucro dos exportadores brasileiros, que tiveram de ajustar preços e enfrentar custos crescentes. Além da política, a valorização do dólar fraca globalmente e o aumento nos custos de produção também contribuíram para o cenário.

“Os empresários estão menos pessimistas sobre a situação atual para os negócios”, afirma artigo recente do Globo, destacando uma melhora na percepção do mercado, apesar das dificuldades.

O impacto na política e na economia dos EUA

Apesar das ações protecionistas, a ideia de que o aumento das tarifas levaria à reindustrialização americana ainda não se concretizou. Algumas indústrias manifestaram interesse em se instalar no mercado local, mas o impacto no emprego e na recuperação industrial é limitado. A estratégia de Trump, que também promove a redução da mão de obra imigrante, não tem impulsionado a maior geração de empregos, contrariando suas promessas de tornar a América grande novamente.

Nos estudos, ficou claro que a política tarifária tem prejuízos para todos os lados. Como aponta a análise do Globo, o impacto sobre o Brasil foi menor do que o previsto, embora alguns setores tenham sofrido perdas consideráveis. O BNDES, por sua vez, implementou uma linha de apoio às empresas afetadas, cujo valor de pedidos já supera R$ 5 bilhões.

Perspectivas futuras

O cenário indica que os efeitos do tarifaço continuarão a influenciar a economia global, com riscos de inflação e dificuldades na cadeia produtiva. Para o Brasil, a expectativa é de que os impactos permaneçam controlados, mas os desafios permanecem, exigindo atenção às políticas de apoio e diversificação de mercados.

Para saber mais detalhes, acesse a reportagem completa no Fonte original.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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