Efeito das tarifas de Trump pode obrigar EUA a devolver US$ 165 bilhões
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que, se a Suprema Corte considerar ilegais suas tarifas comerciais, o país poderá ter que devolver até US$ 165 bilhões arrecadados neste ano fiscal às empresas que pagaram as tarifas alfandegárias. A decisão da corte, esperada para novembro, pode alterar drasticamente a arrecadação do governo e impactar empresas importadoras, principalmente em setores afetados pela guerra comercial com a China e outros países.
Reembolsos e incerteza no sistema de tarifas
Embora haja possibilidade de reembolso para empresas que pagaram tarifas excessivas, especialistas alertam que o processo de devolução é lento e burocrático. A maior parte dos reembolsos ainda é feita por meio de cheques de papel, o que aumenta as chances de atrasos ou até de cheques desviados, como revelou uma análise do The Wall Street Journal.
Tarifas, receita e enfrentamento da crise
Trump tem valorizado as tarifas, dizendo que elas tornaram os EUA “muito ricos novamente”. O governo avalia liberar US$ 10 bilhões para o setor agrícola, afetado pela guerra comercial, e há relatos de negociações para acelerar os reembolsos. Porém, a incerteza e a complexidade do sistema dificultam a recuperação rápida dos valores por parte das empresas importadoras.
Desafios burocráticos e possíveis soluções
O processo de reembolso envolve diversas etapas, incluindo a apresentação de documentação específica por parte dos importadores, que muitas vezes precisam recorrer à justiça para assegurar seus direitos. Segundo Lynlee Brown, da EY, é fundamental que as empresas mantenham registros detalhados de todas as entradas e prazos no sistema alfandegário americano para aumentar as chances de reembolso.
Impacto na economia e estratégias futuras
De acordo com análises, cerca de metade das tarifas arrecadadas poderiam ser devolvidas caso a Suprema Corte decida pela ilegalidade das tarifas de Trump. Entretanto, a implementação prática dessas devoluções enfrenta obstáculos como o uso de cheques de papel e a possibilidade de confusão devido ao aumento de roubos de correspondências, que têm ocorrido nos últimos anos.
Perspectivas e próximas etapas
O Departamento do Tesouro dos EUA estuda alternativas para modernizar o sistema de reembolsos e acelerar o processo, incluindo o uso de dados eletrônicos já existentes. Mesmo assim, especialistas alertam que, sem uma ação coordenada, o envio de milhões de cheques de papel deve continuar por algum tempo, dificultando a recuperação de valores por parte dos importadores.
Por ora, o futuro das tarifas de Trump permanece incerto, com a Suprema Corte devendo analisar o caso em novembro. A decisão pode marcar uma virada na política comercial americana e afetar significativamente tanto a arrecadação do governo quanto as empresas que dependem de importações.
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Com informações do Jornal Diário do Povo
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