Efeito da tarifa de 50% dos EUA sobre exportações minerais brasileiras

O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) informou que, embora 75% das exportações brasileiras de minerais para os Estados Unidos estejam entre as exceções da tarifa de 50% aprovada pelo governo norte-americano, o setor minerador ainda deverá sofrer impactos significativos.

Impacto das novas tarifas na exportação de minerais

Segundo o Ibram, dos 1,53 bilhões de dólares em exportações minerais para os EUA, representam cerca de 25% que serão afetados pela nova tarifa. Análise preliminar aponta que minerais como caulim, cobre, manganês, vanádio, bauxita, além de algumas pedras e rochas ornamentais, são os principais produtos livres da sobretaxa.

A entidade reforça que continuará trabalhando para garantir a exclusão total dos minerais brasileiros da tarifa. “O Ibram está analisando detalhadamente o decreto para entender seus efeitos completos e reafirma seu compromisso de atuar para que todos os minerais do Brasil fiquem livres dessa nova sobretaxa”, afirmou o setor minerador.

Contexto da tarifa e justificativas de Trump

Assinada na quarta-feira (30), a Ordem Executiva de Donald Trump eleva a tarifa para produtos brasileiros em 50%, alegando que o Brasil representa uma ameaça incomum à segurança nacional dos Estados Unidos. A justificativa inclui acusações de que o país estaria perseguindo, intimidando e censurando o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, além de violações de direitos humanos que, na visão de Washington, minariam o Estado de Direito no Brasil.

Trump também citou ações do governo brasileiro relacionadas às plataformas digitais e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A nota afirma que “a perseguição política, por processos forjados, ameaça o desenvolvimento institucional e econômico do Brasil”, além de acusar Moraes de abusar de sua autoridade para atingir opositores políticos, proteger aliados corruptos e suprimir dissidências.

Reações e perspectivas futuras

O setor minerador brasileiro acompanha com cautela as repercussões do decreto. O impacto total ainda será avaliado, mas a expectativa é de que setores dependentes de exportações para os EUA possam sofrer perdas. A implementação das tarifas começará a valer no próximo dia 6 de agosto, após o período de admissão de sete dias previsto pelo decreto.

Especialistas alertam para os riscos de uma escalada de tensões comerciais entre os dois países, reforçando a necessidade de diálogo diplomático para minimizar os efeitos sobre a economia brasileira.

Mais detalhes sobre as negociações e andamento do setor podem ser acompanhados em atualizações futuras. O país busca reforçar a sua posição e garantir que os minerais essenciais continuem livres da sobretaxa imposta pelos EUA.

Fonte: Agência Brasil

Com informações do Jornal Diário do Povo

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