Eduardo Paes é apresentado como pré-candidato a governador do Rio

Durante um encontro realizado na Assembleia de Deus Ministério Barão de Petrópolis, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), foi oficialmente apresentado como “pré-candidato a governador” por líderes evangélicos e políticos locais. A reunião, que ocorreu nesta segunda-feira, foi promovida pelo vereador Inaldo Silva (Republicanos), que enfatizou o desejo do prefeito de concorrer ao cargo em 2026.

O apoio das lideranças evangélicas

Inaldo, que também ocupa o cargo de bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, afirmou que “tenho que estar do lado desse homem”, referindo-se a Paes, como um reconhecimento ao trabalho que ele tem feito pela cidade. O vereador destacou iniciativas do prefeito, como a proposta de criar uma divisão armada para a Guarda Municipal, uma medida que, segundo ele, “vai melhorar ainda mais” a segurança da capital fluminense, mas que ainda precisa abranger o restante do estado.

O encontro teve um caráter interdenominacional, garantindo a presença de diversas lideranças evangélicas. O anfitrião, pastor Gilmar de Oliveira, reforçou a importância dessa aproximação entre a administração pública e as igrejas. Paes, por sua vez, defendeu a regularização fundiária das igrejas, um tema que ressoou fortemente dentro desse contexto.

Os desdobramentos da pré-candidatura

Embora tenha sutilmente desconversado sobre sua candidatura ao governo em diferentes momentos, a pressão e os Apoios que Paes recebe podem indicar uma real intenção nas movimentações políticas que está realizando. No encontro, o prefeito fez questão de elucidar sua longa relação com a liderança evangélica, mencionando seu vínculo com o bispo Abner Ferreira, do Ministério de Madureira, e as iniciativas que já foram feitas para a regularização de templos.

“No começo da Barra, bem em frente ao metrô, tinha uma Assembleia de Deus muito antiga e a prefeitura cismou de derrubar aquela Assembleia de Deus. E aí o Abner me procurou e disse: ‘isso não dá’. Logramos êxito e conseguimos, lá para 2014, que aquela igreja fosse regularizada”, recordou Paes, enfatizando a importância do diálogo e da parceria com os líderes religiosos.

Além dessas estratégias, Eduardo Paes também está ampliando sua interlocução com prefeitos de regiões do interior e de colégios eleitorais grandes. Tal aproximação é vista como uma peça-chave em sua possível candidatura ao governo do estado do Rio de Janeiro, evento que exigiria sua renúncia à prefeitura em meados de 2026.

A concorrência na corrida eleitoral

A disputa pelo cargo de governador do Rio em 2026 promete ser acirrada, com Paes enfrentando adversários fortes. O principal obstáculo em sua caminhada até o Palácio Guanabara parece ser o atual presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União), que também almeja o apoio de diversos segmentos políticos, incluindo o governador Cláudio Castro (PL) e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Bacellar tem buscado consolidar sua imagem e apoio, enquanto se desentende com outros concorrentes, como o secretário estadual de Transportes, Washington Reis (MDB).

A configuração política se torna cada vez mais dinâmica com os diferentes movimentos dos partidos e pré-candidatos. A proximidade de Eduardo Paes com o público evangélico mostra como ele busca reforçar sua base e ampliar as alianças estratégicas necessárias para uma campanha vitoriosa.

Buscando consolidar sua presença no cenário político, Paes continua a receber elogios e apoio de figuras influentes dentro da comunidade evangélica, preparando o terreno para o que pode ser uma de suas corridas eleitorais mais impactantes. Enquanto isso, o prefeito enfrenta o desafio de equilibrar sua atuação na prefeitura com as demandas e pressões da política estadual.

Com o cenário se desenhando para a eleição, a expectativa é alta, e os próximos meses poderão revelar ainda mais sobre os planos de Eduardo Paes e suas possíveis consequências para a política do estado do Rio de Janeiro.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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