Economia da Argentina cresce 0,3% no trimestre, abaixo das expectativas
A economia da Argentina cresceu 0,3% nos três meses até setembro, abaixo da estimativa mediana de 0,5% prevista por analistas consultados pela Bloomberg. Na comparação anual, o Produto Interno Bruto (PIB) do país saiu de alta de 3,3%, também aquém do esperado, segundo dados divulgados pelo governo na terça-feira.
Fatores que influenciaram o crescimento da Argentina
O aumento nas exportações foi o principal impulsionador do crescimento no período. Entretanto, o consumo das famílias e os gastos do governo exerceram contribuição leve, enquanto o investimento em capital teve uma queda significativa, de acordo com as informações divulgadas pelo governo argentino.
Impactos da instabilidade e reformas em debate
O trimestre foi marcado por juros elevados, atividade econômica lenta e incerteza política. O partido do presidente Javier Milei sofreu uma derrota em uma votação crucial em uma província em setembro, provocando uma liquidação nos mercados e a posterior ajuda de US$ 20 bilhões do governo dos EUA para estabilizar a economia.
Apesar das dificuldades, Milei conseguiu uma virada nas eleições legislativas de meio de mandato em outubro, o que elevou a confiança dos investidores. Segundo analistas, essa movimentação impulsionou as exportações, o mercado de títulos da dívida e o otimismo geral. Ainda assim, o mercado de trabalho continua pressionado, com perdas de vagas.
Recentemente, o governo enviou ao Congresso um projeto de reforma trabalhista, visando incentivar contratações formais. Especialistas do setor avaliam que, apesar do cenário desafiador, as projeções de crescimento para o próximo ano podem alcançar entre 4% e 8%, com uma expectativa de expansão de 4,4% em 2025, considerada uma das mais rápidas na América Latina. O ministro da Economia, Luis Caputo, afirmou que a economia pode crescer entre 4% e 8% em 2026.
Perspectivas futuras
As recentes mudanças, como o afrouxamento da política de câmbio anunciado pelo Banco Central argentino e a captação de US$ 1 bilhão com emissão de títulos em dólares a uma taxa anual de 9,26%, indicam uma tentativa de estabilizar a economia e promover crescimento sustentável. Economistas continuam atentos às próximas medidas do governo e às condições do mercado internacional que podem afetar o desempenho econômico do país.
Para mais detalhes, acesse a fonte original do Globo.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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