Dólar sobe para R$ 5,59 após tarifa de 50% para produtos brasileiros nos EUA

Nesta quarta-feira (30), o mercado financeiro brasileiro foi impactado pela oficialização do tarifaço de 50% para produtos brasileiros nos Estados Unidos, gerando uma reação mista nos principais ativos. Enquanto o dólar avançou, o real teve desempenho positivo diante de moedas emergentes e a bolsa de valores se recuperou após alta de quase 1%.

Impacto do tarifaço no câmbio e na bolsa de valores

O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,59, com alta de R$ 0,021 (+0,38%). A moeda chegou a R$ 5,63 na máxima do dia, por volta das 13h15, antes de recuar para R$ 5,55 após a confirmação do tarifaço, que inclui uma lista de exceções. Na hora do fechamento, o dólar voltou a subir na negociação final.

Apesar da valorização, o real apresentou o melhor desempenho entre as moedas emergentes nesta quarta. O aumento do dólar foi influenciado por movimentos globais, como acordos dos EUA com a União Europeia e ameaças de novas sanções à Índia, que retaliam a Rússia.

Queda do euro e reação do mercado acionário

O euro também foi impactado, fechando abaixo de R$ 6,40 pela primeira vez desde o dia 8. A cotação caiu 0,7%, encerrando em R$ 6,38. Essa oscilação reflete a volatilidade do cenário internacional e o efeito do tarifão.

Já o índice Ibovespa, da B3, fechou com alta de 0,95%, aos 133.990 pontos. O mercado havia reagido de forma negativa inicialmente, mas se recuperou após a confirmação de que haverá uma lista de exceções de cerca de 700 produtos, incluindo petróleo, celulose, minerais, suco e polpa de laranja, além de aviação civil.

Ações de setores afetados e expectativas futuras

As ações de empresas de aviação, logística e celulose tiveram valorização nesta sessão. A notícia do adiamento, até 6 de agosto, do início das medidas comerciais dos Estados Unidos também contribuiu para o sentimento positivo no mercado.

Especialistas avaliam que o impacto da tarifa de 50% pode ainda surtir efeitos mais amplos na relação comercial entre Brasil e EUA, além de influenciar o câmbio e a balsa de forma mais prolongada.

*Com informações da Reuters

Com informações do Jornal Diário do Povo