Dólar sobe 0,14% nesta terça, cotado a R$ 5,49, diante de tensões no Oriente Médio

O dólar opera em alta de 0,14% nesta terça-feira (17), cotado a R$ 5,4934 às 9h05, após fechar na segunda-feira abaixo de R$ 5,50, pela primeira vez em oito meses. Os investidores continuam atentos à escalada do conflito entre Israel e Irã, enquanto aguardam as decisões do Banco Central do Brasil e do Federal Reserve, marcadas para esta quarta-feira.

Mercado acompanha conflito entre Israel e Irã e impacto nos preços do petróleo

A escalada do confronto direto entre Israel e Irã, que chegou ao quinto dia nesta terça, intensificou a aversão ao risco no mercado mundial. Israel lançou a operação “Leão Ascendente” na sexta-feira (13), atingindo alvos estratégicos no Irã, que respondeu com mísseis contra áreas civis em Israel. A tensão gerou preocupação de interrupções no fornecimento de petróleo, impulsionando os preços do petróleo no mercado internacional, que chegaram a subir mais de 14% na semana passada.

Apesar do aumento nos preços, o Irã afirmou que suas instalações permanecem intactas. Os mercados reagiram inicialmente com busca por ativos seguros, como o dólar e o ouro, antes de uma fase de realização de lucros. O temor maior é que o conflito atinja o Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 20% do petróleo mundial, elevando a incerteza no cenário geopolítico.

Atenção à “Superquarta”: expectativa por decisões de juros

A quarta-feira será decisiva para a política monetária, conhecida como “Superquarta”, pois coincidem as reuniões do Banco Central do Brasil e do Federal Reserve dos EUA, que podem manter ou alterar suas taxas de juros. No Brasil, a expectativa predominante é de manutenção da atual taxa de 14,75% ao ano, embora alguns bancos considerem a possibilidade de novo aumento para 15%. O foco é a tentativa de desacelerar a inflação sem prejudicar excessivamente o atividade econômica.

Nos EUA, a previsão é de que o Federal Reserve mantenha os juros entre 4,25% e 4,50%, com possibilidade de dois cortes até dezembro, tendo o primeiro em setembro. Essa estratégia visa sustentar o crescimento econômico e controlar a inflação, apesar das tensões comerciais e políticas externas.

Crise do IOF e impasse político elevam incertezas no Brasil

Na cena interna, a Câmara dos Deputados aprovou um requerimento de urgência para análise de projeto que busca suspender os efeitos do decreto do governo que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ainda sem data para votação definitiva, o impasse aumenta a instabilidade política e pode afetar as contas públicas e o cenário econômico do país.

Indicadores e tendência dos mercados

Até o momento, o acumulado da semana para o dólar é de -1,03%, com queda de 4,07% no mês e recuo de 11,23% no ano. O Ibovespa, por sua vez, registra alta de 1,49% na semana, com o acumulado no mês de +1,63% e avanço de 15,78% no ano. O mercado tem reagido à incerteza global, ajustando posições diante do cenário político e geopolítico em evolução.

Segundo análises financeiras, a combinação de tensões internacionais com as decisões de juros pode gerar volatilidade nos próximos dias. A expectativa é de estabilidade nas taxas, mas os participantes do mercado monitoram cada sinal de mudança para ajustar suas estratégias.

Para mais informações, acesse o fonte.

Com informações do Jornal Diário do Povo

Publicar comentário