Dólar fechou em alta - Foto: Arquivo

Dólar fecha em R$ 6 pela 1ª vez na história

O dólar teve um dia de oscilações e fechou em alta nesta sexta-feira (29), sendo vendido a R$ R$ 6,001, valor nominal atingido pela primeira vez na história. Na véspra, a moeda americana terminou cotada em R$ 5,98.

A Bolsa de Valores de São Paulo finalizou o dia se recuperando parte das perdas dos últimos pregões, com alta de 0,85%, aos 125.667 pontos, após ter iniciado a sexta em baixa. Na semana, a perda acumulada é de 2,68%. No mês de novembro, de 3,12%.

No câmbio, a divisa americana chegou a alcançar R$ 6,11 durante o expediente. Depois chegou a cair após declarações do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e também de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados.

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou a sexta (29) com avanço de 0,85%. O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, subiu para 125.667 pontos.

O dólar comercial fechou em alta de 0,19%, vendido a R$ 6,001, após ter chegado a R$ 6,11 anteriormente. O turismo teve valorização de 0,31%, para R$ 6,242.

A moeda americana deixou de subir com a força dos dias anteriores pela influência do que disseram Lira e Pacheco, entre outros motivos. “A tendência, porém, no curto prazo, é de que o real continue desvalorizado, uma vez que internacionalmente também o dólar segue com força, sem gatilhos que possam promover baixa”, diz André Galhardo, consultor econômico da plataforma de transferências internacionais Remessa Online.

As declarações de Pacheco que mexeram com o câmbio foram divulgadas em nota. Nela, o senador afirma que o Congresso tem de apoiar, também, medidas de corte de gastos, ainda que não sejam populares. A ampliação da isenção do Imposto de Renda, no entanto, não é pauta para agora e dependerá de condições fiscais para se concretizar.

Lira reiterou o compromisso do Congresso com o arcabouço fiscal em postagem no X (antigo Twitter). Ele frisou que haverá celeridade na análise de propostas para ajuste das contas, mas que outras iniciativas, que implicam em renúncia fiscal, serão avaliadas com lupa. “Toda medida de corte de gastos que se faça necessária para o ajuste das contas públicas contará com todo esforço, celeridade e boa vontade da Casa, que está disposta a contribuir e aprimorar”, escreveu Lira.

O mercado também corrigiu exageros da alta da moeda nos últimos dias, mas o sobe e desce foi forte durante essa sexta. É o que explica Galhardo. “A reação dos investidores teve uma magnitude desproporcional ao pacote, embora justificada”, afirma. O que mais estressou os investidores, segundo ele, foi incluir a isenção do imposto de renda no pacote.

O governo anunciou seu pacote de contenção de gastos num pronunciamento na quarta (27) à noite, e detalhou alguns pontos em entrevista coletiva à imprensa na quinta (28). Além das medidas que somam R$ 327 bilhões de economia até 2030, foi anunciada isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil.

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