Dólar atinge menor nível desde março de 2022 após recuo em meio a incertezas comerciais

Nesta quinta-feira, a moeda americana apresentava uma queda de 0,8% no mercado internacional, alcançando seu menor nível desde março de 2022. O recuo ocorre em meio à instabilidade gerada pelas negociações comerciais e declarações do ex-presidente Donald Trump, que inicialmente ameaçou aplicar tarifas globais.

Contexto das tarifas e impacto no mercado

Em abril deste ano, Trump anunciou a intenção de implementar tarifas comerciais sobre todos os países do mundo, sob a alegação de proteção da indústria norte-americana. Contudo, posteriormente, recuou e decidiu estabelecer uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas, prazo que se encerra em 9 de julho.

Apesar da suspensão temporária, o ex-presidente afirmou nesta quarta-feira à noite que poderia reverter a decisão e reabrir a possibilidade de elevação de tarifas antes do prazo limite. Essas declarações aumentaram a volatilidade no mercado de câmbio, embora o dólar tenha registrado forte recuo nesta manhã.

Repercussões no cenário global

Segundo especialistas, a incerteza política e comercial dos Estados Unidos mantém o mercado de câmbio volátil. O dólar, que chegou a subir significativamente em momentos de tensão, agora demonstra sinais de estabilização, após reduzir suas perdas recentes.

De acordo com análise do GLOBO Economia, o patamar atual do dólar reflete a expectativa de que as negociações comerciais possam se prolongar e ainda gerar incertezas na economia global.

Perspectivas do mercado cambial

Analistas destacam que a tendência de alta ou baixa do dólar dependerá do desenrolar das negociações comerciais e das declarações de Trump nas próximas semanas. A expectativa é de que, caso não haja novas tarifas ou ameaças, a moeda possa manter sua trajetória de queda.

A volatilidade deve permanecer até o final do período de 90 dias de pausa, com possíveis oscilações influenciadas por fatores políticos e econômicos internos e externos.

Fonte: Mercado internacional de câmbio

Este contexto reforça a complexidade das negociações comerciais dos EUA e seus efeitos sobre o mercado cambial global, refletindo as incertezas que permeiam a economia mundial atualmente.

Com informações do Jornal Diário do Povo