Dólar atinge menor cotação desde junho de 2024 e real se valoriza quase 14% em 2024

O dólar à vista encerrou a sessão desta segunda-feira (30) em baixa de 0,61%, cotado a R$ 5,3211, seu menor patamar desde 6 de junho de 2024. A moeda chegou a tocar a mínima de R$ 5,3090, refletindo um movimento global de fortalecimento do real, que se valorizou 0,6% no dia, 1,8% em setembro e quase 14% no acumulado deste ano.

Fatores que influenciam a queda do dólar e a valorização do real

Segundo analistas, a redução do índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de moedas fortes, em 0,27% nesta segunda-feira, reflete uma perda de ritmo da economia americana.

O economista André Galhardo, responsável pela análise econômica da corretora, destacou que a desaceleração dos indicadores econômicos dos Estados Unidos, como o índice de atividade industrial de Nova York, que veio abaixo do esperado, reforça a expectativa de um possível corte na taxa de juros pelo Federal Reserve na próxima quarta-feira.

Impacto dos indicadores norte-americanos

O mercado também repercutiu a divulgação do relatório de payroll, que ficou bem abaixo das projeções do mercado, indicando que a economia dos EUA está perdendo força. “Isso abre espaço para o Fed reduzir os juros em julho”, afirmou Galhardo. Essa perspectiva de queda na taxa básica, aliada ao enfraquecimento do dólar, contribui para a valorização do real.

Decisões de bancos centrais e expectativa para o Brasil

Além do Fed, expectativas também aumentam para os próximos encontros de bancos centrais em países como Brasil, Japão, Inglaterra e Canadá. Alison Correia, analista de investimentos da Dom Investimentos, explica que, nos EUA, a expectativa é de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, enquanto no Brasil permanece a previsão de manutenção em 15% nesta semana.

“Com a expectativa de manutenção ou redução moderada nos juros locais, o fluxo de capital especulativo deve permanecer atraído para o Brasil, sustentando a tendência de queda do dólar nos próximos meses”, destacou Correia.

Perspectivas para a política monetária brasileira

Segundo Galhardo, a conjuntura de desaceleração econômica e inflação mais controlada abre espaço para o Comitê de Política Monetária (Copom) cortar os juros em dezembro. Ainda há dúvidas, porém, com cerca de um quarto das instituições financeiras projetando corte na próxima reunião e a maioria preferindo manter a taxa até o início de 2025.

“O cenário mais provável é que o Copom mantenha a Selic nas próximas reuniões, mas essa perspectiva deve ser revista conforme os indicadores econômicos evoluírem”, acrescentou o especialista.

A cotação do dólar e a política monetária seguirão como pontos centrais para o mercado financeiro nas próximas semanas, com atenção especial às demonstrações de bancos centrais e indicadores econômicos globais.

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Com informações do Jornal Diário do Povo

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