Demora no plano de socorro às empresas é reflexo de desorientação no governo

A desorientação inicial do governo brasileiro atrasou a implementação de medidas para aliviar os efeitos das sanções impostas pelos Estados Unidos sob Donald Trump, especialmente no setor produtivo e na geração de empregos. Apesar de expectativas de ações focadas na assistência às empresas afetadas, a falta de decisões concretas mantém a incerteza e impede o acesso às linhas de apoio necessárias.

Falta de diretrizes claras e influência interna no governo

Após o anúncio das tarifas e sanções, o vice-presidente Geraldo Alckmin começou a se reunir com os setores impactados, buscando compreender o real impacto das medidas. Segundo fontes próximas ao governo, a formalização das tarifas ocorreu na semana passada, incluindo exceções que ajudaram a delinear de maneira mais precisa como a política afetaria a economia brasileira.

Porém, o programa de socorro ainda não foi definido, o que aumenta as incertezas nos setores afetados, especialmente aqueles que lidam com produtos perecíveis como café, carne e algumas frutas, que estão em lista de possíveis isenções. Segundo fontes do governo, a expectativa é que alguns desses produtos possam ser excluídos, o que explica a demora na oficialização de qualquer ação.

Divergências internas retardam a definição de ações

Conflitos internos entre a Casa Civil e a Fazenda também têm dificultado o avanço das propostas. A disputa frequente sobre os rumos da política econômica agrava a situação, prejudicando a elaboração de medidas rápidas e eficazes para proteger empregos e manter a estabilidade do setor produtivo.

Além disso, o modelo de manutenção do emprego ainda não está definido. O governo evita reativar o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), criado durante a pandemia, por considerar que o formato anterior exigia participação sindical, o que a gestão atual deseja evitar.

Perspectivas e desafios futuros

Especialistas alertam que disputas internas e falta de clareza podem prejudicar o cumprimento do plano emergencial, que é essencial diante do cenário de negociações obstruídas e da necessidade de proteger empregos e o setor exportador. As negociações ainda não chegaram a um consenso e há expectativa de que novas ações só sejam anunciadas após mais definições internas no governo.

Para conhecer detalhes do contexto e as divergências enfrentadas pelo governo, acesse a matéria completa no O Globo.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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