Correios retomam negociações com sindicatos sobre benefícios e acordo coletivo

Os Correios voltaram a discutir nesta terça-feira com sindicatos representantes de seus funcionários o acordo coletivo de trabalho (ACT) em uma reunião mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). A reunião, que ocorreu após o término sem acordo na segunda-feira, tem como objetivo evitar uma possível greve dos trabalhadores prevista para a próxima semana.

Detalhes das negociações e principais reivindicações

Durante o encontro, os funcionários insistiram na manutenção de benefícios, como o adicional de 70% de férias e o pagamento de 200% das horas trabalhadas aos finais de semana. Além disso, uma reivindicação importante é a preservação do “vale-peru” de R$ 2,5 mil, benefício concedido em 2024, que a estatal tem tentado argumentar que não pode manter devido à sua situação financeira delicada.

Por sua vez, os Correios propõem um acordo que não garanta todos esses benefícios, alegando dificuldades financeiras. A estatal busca construir um entendimento com os sindicatos, mas enfrenta resistência principalmente por parte dos trabalhadores, que preveem rejeitar a proposta se ela representar perdas ou cortes nos direitos conquistados.

Contexto e andamento das negociações

As negociações se arrastam desde julho, quando venceu o acordo anterior, firmado pela gestão anterior da estatal. Desde então, têm sido feitas várias prorrogações, com a última vencendo nesta segunda-feira. O não acordo até o momento reforça a preocupação com uma possível greve geral dos funcionários, que pode ocorrer na próxima semana.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) foi acionado pela direção dos Correios para evitar a paralisação e garantir o funcionamento da companhia. Na última semana, o tribunal realizou duas reuniões com as partes, buscando uma solução que contenha o aval do Ministério da Gestão e do governo federal, que também acompanha as negociações.

Perspectivas futuras e impacto econômico

Segundo analistas, a solução do impasse é crucial para evitar prejuízos à operação dos Correios e ao serviço postal no Brasil. A reunião de hoje é vista como um passo importante, mas há dúvidas sobre o sucesso de um acordo, dada a divergência de interesses entre as partes.

O governo também tenta equilibrar a necessidade de cortar gastos com a obrigação de manter direitos trabalhistas, o que pode gerar tensões adicionais. Caso a greve seja confirmada, a estatal poderá sofrer impactos financeiros e operacionais significativos, além de prejudicar o atendimento à população.

Enquanto isso, os sindicatos manifestam preocupação com a possibilidade de perder benefícios conquistados ao longo dos anos, e a tensão permanece enquanto as partes tentam chegar a um consenso que evite o pior cenário.

Para acompanhar o andamento das negociações e possíveis desdobramentos, continue atento às próximas atualizações pelos veículos de comunicação e fontes oficiais.

Fonte: O Globo

Com informações do Jornal Diário do Povo

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