Correios propõem reajuste pela inflação e evitam greve, mas sem vale-peru

Os Correios apresentaram nesta terça-feira uma nova proposta de reajuste salarial aos empregados, buscando um acordo coletivo de trabalho (ACT). A estratégia inclui um reajuste de 5,13% em 2024, retroativo a janeiro, com pagamento em abril, além de um reajuste pelo INPC em 2026 e 2027. A proposta também mantém benefícios como adicional de 70% sobre férias e pagamento de 200% nos finais de semana, mas continua sem a concessão do vale-peru de R$ 2,5 mil.

Negociações em andamento e resistência dos trabalhadores

Até o momento, os sindicatos indicaram que não aceitam a proposta, que ainda está sendo debatida na segunda reunião de conciliação mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Na semana passada, a discussão começou após a primeira rodada de negociação, com o dissenso envolvendo questões como benefícios e condições de trabalho.

Concessões e pontos de resistência

De acordo com interlocutores envolvidos, a proposta busca garantir o cumprimento do dissídio deste ano via conciliação, além de propor a manutenção do pagamento de 200% nos finais de semana e a marcação de ponto por exceção até julho de 2026. A empresa também cede em relação ao adicional de férias de 70%.

Por outro lado, a resistência continua forte em relação ao vale-peru, que a empresa considera inviável diante da crise financeira da estatal. A questão trava as negociações e pode levar a uma possível greve dos trabalhadores.

Prazo e possíveis impactos

O adiamento do prazo para a aceitação da proposta será submetido às assembleias nesta terça-feira. Caso os trabalhadores rejeitem a oferta, os Correios podem ser obrigados a entrar em greve, o que agravaria ainda mais a delicada situação financeira da estatal.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) foi acionado pela direção da empresa para evitar uma greve geral, marcada para a próxima semana. Segundo fontes, o tribunal poderá arbitrar medidas para evitar a paralisação, incluindo multas para sindicatos que não cumprirem as determinações.

Autoridades e analistas avaliam que, mesmo com avanços, o impasse ainda representa um desafio para a retomada da estabilidade nos Correios, especialmente em meio às dificuldades financeiras enfrentadas pela estatal.

Para acompanhar os detalhes e a evolução das negociações, acesse a reportagem completa no Fonte.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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