Copom deve manter juro em 15% e sinaliza cautela

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reuniu nesta terça-feira (16/9) para decidir sobre o patamar da taxa de juros do Brasil, que atualmente está em 15% ao ano. A expectativa do mercado é a manutenção da Selic até o final deste ano, diante do cenário de incertezas.globais e domésticas.

Entenda os juros no Brasil

  • A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação.
  • Os integrantes do Copom decidem se vão cortar, manter ou elevar essa taxa, buscando equilibrar crescimento econômico e controle da inflação.
  • O aumento dos juros tende a reduzir o consumo e os investimentos, devido ao encarecimento do crédito.
  • Assim, a atividade econômica desacelera e os preços tendem a diminuir, beneficiando consumidores e produtores.
  • Para o mercado, já é improvável uma redução da taxa abaixo de dois dígitos no governo Lula ou durante o mandato de Gabriel Galípolo na presidência do BC.
  • A próxima reunião do Copom está prevista para os dias 4 e 5 de novembro.

O mercado financeiro destaca as sinalizações do Banco Central, que, no último comunicado, afirmou que o cenário atual exige cautela na condução da política monetária devido às incertezas globais e internas.

“Em se confirmando o cenário esperado, o Comitê antecipa uma continuação na interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”, afirmou o texto.

O Copom também garantiu que permanecerá vigilante, preparado para retomar o aumento da taxa de juros se julgar necessário.

Razões para manter a taxa de juros

Entre os fatores favoráveis à permanência do juro em 15%, estão a desaceleração gradual da atividade econômica, a melhora das expectativas de inflação e a estabilidade dos dados de crédito, todos condizentes com o estágio atual da política monetária.

Segundo projeções da Warren Investimentos, o início do ciclo de cortes pode ocorrer na primeira reunião de 2026, prevista para janeiro, com redução de 25 pontos-base, chegando a 14,75% ao ano. Já o C6 Bank acredita que o corte irá acontecer somente em março, finalizando o ano em 13%.

Especialistas avaliam que, embora a maioria espera manutenção da taxa, o mercado estará atento às próximas sinalizações no comunicado do BC. “Acreditamos que o comitê fará um pequeno ajuste na comunicação e dirá que o cenário aponta para uma política monetária ainda mais contracionista por período prolongado para garantir a convergência da inflação à meta”, destacou o C6 Bank em nota.

Perspectivas futuras

A expectativa geral é de estabilidade na taxa de juros até o fim de 2023, com atenção às indicações do Banco Central na condução da política monetária diante do cenário de incertezas econômicas globais e domésticas.

Para acompanhar a evolução da política de juros e suas possíveis mudanças, o mercado monitorará de perto as sinalizações do BC nas próximas reuniões.

Leia também: Copom faz reunião a partir desta semana e mercado espera manutenção da taxa.

Com informações do Jornal Diário do Povo

Share this content:

Publicar comentário