Consumidores antecipam compras de Natal em 2025 por temores de tarifas e alta de custos

Desde junho, Catherine Spruill, de Connecticut, vem acumulando presentes de Natal antecipadamente, aproveitando promoções de verão para driblar a inflação e o aumento de custos. A estratégia reflete uma mudança no comportamento de consumidores que, em 2025, têm iniciado as compras natalinas cada vez mais cedo, impulsionados pela incerteza econômica e tarifas internacionais.

O fenômeno do “Natal em Julho” e as promoções antecipadas

Dados de uma pesquisa da CivicScience mostram que 21% dos americanos já começaram suas compras de fim de ano neste verão, contra 16% no ano passado. Segundo analistas, a combinação de inflação, tarifas em alta e problemas nas cadeias de suprimentos está levando consumidores a agirem com antecedência. “As pessoas querem garantir seus presentes e evitar a corrida de fim de ano”, explica Ted Rossman, analista do Bankrate.

Promoções prolongadas e respostas do varejo

Majoristas como Amazon, Walmart e Macy’s passaram a estender promoções, transformando o período de liquidações de verão em uma temporada própria de ofertas natalinas. O Prime Day, por exemplo, durou quatro dias em 2025, enquanto a Macy’s realizou o “Natal em Julho” por cinco dias, com descontos significativos em produtos natalinos. Empresas de varejo também têm criado eventos especiais fora do tradicional calendário de fim de ano para atrair consumidores ansiosos por economizar.

Economia e estratégias de compra antecipada

Para Catherine, o investimento em presentes de Natal começou na primavera, quando conseguiu economizar centenas de dólares com promoções. Ela já adquiriu mais de 25 brinquedos e videogames por cerca de US$ 350 (R$ 2 mil). Em 2020, a primeira vez que comprou antecipadamente, ela se inspirou em vídeos do YouTube e desde então estabeleceu essa rotina.

Este comportamento é reforçado pela preocupação com os custos crescentes. Segundo pesquisa da CivicScience, o aumento da inflação e tarifas elevadas têm feito consumidores, principalmente pais, planejarem as compras com maior antecedência. “Nós estamos escalando o muro da preocupação, mas gastando mesmo assim”, afirma Rossman.

Impacto na economia e no comércio

Com a mudança de hábitos, varejistas vêm respondendo com promoções prolongadas e descontos mais agressivos. O evento Prime Day, por exemplo, teve vendas recordes em 2025, embora números específicos não tenham sido divulgados. A Macy’s também realizou liquidações especiais em julho, tentando capturar a demanda antecipada.

Além das lojas tradicionais, pequenos negócios locais têm organizado eventos de “Natal em Julho”, como JulieAnna Lindsey, de Mobile, Alabama, que comemorou sua segunda edição com mais de 40 vendedores e uma forte presença de consumidores. “Mais pessoas estão saindo para comprar, e as lojas estão tentando impulsionar as vendas antes do tradicional fim de ano”, comenta Lindsey.

Perspectivas futuras e reflexos econômicos

Especialistas indicam que essa antecipação de compras pode aliviar temporariamente a pressão sobre o comércio, mesmo diante de tarifas internacionais e custos elevados. No entanto, também revela uma ansiedade crescente entre os consumidores, que buscam se proteger de surpresas econômicas. Os efeitos dessas estratégias de compra antecipada ainda serão observados nos próximos meses, especialmente na relação entre inflação, tarifas e o comportamento do varejo.

Para mais detalhes sobre as tendências de consumo e estratégias para o Natal 2025, acesse o artigo completo.

Com informações do Jornal Diário do Povo

Share this content:

Publicar comentário