Câmara aprova projeto que cancela alta do IOF

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (25) projeto que cancela a alta do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), uma medida considerada uma sinalização de crise entre o Poder Executivo e o Congresso. A votação ocorreu de forma inesperada e contou com o apoio de bancadas de diversos partidos, principalmente da oposição ao governo federal.

Votos destacados contra o aumento do IOF e impacto político

Mais de 70% dos deputados presentes na sessão votaram a favor da derrubada do decreto que elevava o IOF, numa mostra clara de resistência ao movimento do governo. União Brasil, PP, MDB e PDT apoiaram quase unânime a derrubada, enviando um recado direto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo dados da Casa, União Brasil teve 58 votos favoráveis de 60 deputados, enquanto PP, MDB e Republicanos também se destacaram com suas bancadas.

A votação foi coordenada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e contou com a antecipação do apoio do Senado, com o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) afirmando que a derrubada também deverá ser aprovada na Casa Alta ainda nesta quarta. O movimento demonstra uma crescente insatisfação com as medidas econômicas do governo.

Composição dos votos e reação do governo

O único voto contrário registrado na Câmara foi do deputado Rui Falcão (PT), que afirmou ter votado por engano e solicitou à Mesa que retifique sua posição. Partidos com ministérios no governo, como PSOL, Rede e PCdoB, não registraram votos contra. Ainda assim, a votação revela um clima de desgaste político para o Executivo.

O resultado também evidenciou um alinhamento preferencial dos partidos de centro e de direita, em sua maioria opositores ao governo, que representam cerca de dois terços das bancadas.

Repercussões e próximos passos

A aprovação da derrubada do decreto do IOF representa uma derrota política para o governo na Câmara e reforça a dificuldade do Palácio do Planalto em convencer as bancadas a apoiarem suas propostas econômicas. Ainda nesta quarta, o Senado deve confirmar a decisão, consolidando a rejeição ao aumento fiscal.

Especialistas avaliam que a derrota pode gerar um efeito de enfraquecimento da pauta do governo no Congresso, além de aumentar o desgaste político de Haddad e do próprio presidente Lula. Para a oposição, trata-se de uma vitória simbólica e de resistência à influência do Executivo sobre o Legislativo.

Para mais detalhes sobre o resultado da votação e os impactos políticos, consulte a matéria completa na reportagem do Globo.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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