Brasileira com criança de quatro anos é detida ao desembarcar em Lisboa
Yarissa Pacheco, brasileira, e seu filho de quatro anos foram detidos nesta semana ao desembarcar em Lisboa, enquanto aguardam uma decisão das autoridades portuguesas sobre possível deportação. A situação ocorreu após Yarissa desembarcar sem visto válido e com manifestação de interesse, medida de regularização atualmente extinta pelo governo.
Imigração e suspeita de irregularidades em Portugal
Segundo relato da própria Yarissa ao Portugal Giro, ela foi informada inicialmente de que seus documentos não estavam válidos e que o retorno ao Brasil seria imediato. Ela conta que entrou com uma advogada para tentar esclarecimentos, mas ainda não obteve resposta oficial. A brasileira não possui autorização de residência no país e precisava fazer o pagamento de um Documento Único de Cobrança (DUC) para regularizar sua situação.
Origem do problema e impacto na permanência
Desembarcando em Lisboa no dia 31 de julho, Yarissa entregou seus documentos na imigração e tentou efetuar o pagamento do DUC na agência de imigração (AIMA), mas enfrentou dificuldades. Ela afirmou que, apesar de ter enviado diversos e-mails, não conseguiu realizar o pagamento antes da expiração da manifestação de interesse, que poderia ter permitido sua regularização. Como consequência, ela e o filho ficaram presos no aeroporto enquanto aguardam uma decisão oficial.
Decisão e situação atual
Na última segunda-feira, o documento de cobrança desapareceu do site da AIMA, impossibilitando o pagamento. Yarissa relata que precisou permanecer na loja AIMA em Portugal para tentar resolver a situação, com o apoio da Associação de Apoio e Integração de Estrangeiros e Familiares (AAEIF). Ela também revelou que o policial que a atendeu pediu que comprasse uma passagem de volta ao Brasil, uma medida que ela afirmou não possuir ilícitos, apenas interesse de residir no país europeu.
“Fiz questão de explicar que vim aqui para construir minha vida, trabalhar e contribuir com Portugal”, afirmou Yarissa, que também revelou que seu marido, português, está presente na intenção de estabelecer-se na região. Ela relatou ainda que o policial barrou sua entrada ao solicitar a compra de uma passagem de retorno para setembro, além de ter aconselhado a ela depositar dinheiro na conta bancária portuguesa.
Advocacia e buscas por liberdade
A advogada de Yarissa, Laura Beatriz, informou que a brasileira e a criança permanecem detidas na sala do aeroporto enquanto tenta a liberação junto ao comando de fronteiras. “Ela está muito assustada, com medo, mas está sendo bem tratada”, afirmou. A Polícia de Segurança Pública (PSP) reforçou o controle de estrangeiros em Portugal após a criação de uma nova unidade policial específica, que aumentou as fiscalizações no país.
Contexto de maior rigor na imigração em Portugal
Nos últimos meses, Portugal intensificou o controle de imigração, inclusive criando uma unidade policial dedicada à fiscalização de estrangeiros, embora ainda não esteja em funcionamento pleno. O aumento na fiscalização levou a uma maior incidência de abordagens, especialmente a brasileiros e outros imigrantes no país.
A situação de Yarissa evidencia o endurecimento das políticas migratórias, impactando brasileiros em situação irregular ou com documentação pendente. Ainda não há previsão de resolução definitiva para o caso dela e do filho, que aguardam uma definição das autoridades portuguesas.
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Com informações do Jornal Diário do Povo
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