Brasil tem 34 mil crianças em uniões conjugais, aponta Censo 2022

O Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que, pela primeira vez, menos da metade das famílias brasileiras são formadas por casais com filhos. O levantamento aponta que, em 2022, 42% das famílias eram compostas por um casal com filhos, uma queda em relação aos 49,4% registrados em 2010. Além disso, há cerca de 34 mil crianças e adolescentes de até 14 anos vivendo em uniões conjugais no país.

Alterações na estrutura familiar e aumento de indivíduos morando sozinhos

Entre os dados apresentados, destaca-se que o número de pessoas morando sozinhas triplicou, passando de 4,1 milhões em 2000 para 13,6 milhões em 2022 — quase 1 em cada 5 domicílios. O estudo também revela que 51,3% da população com 10 anos ou mais vivia em união conjugal em 2022, um aumento em relação a 2010 (50,1%) e 2000 (49,5%).

As regiões com maior porcentagem de pessoas em união conjugal foram Santa Catarina (58,4%), Rondônia (55,4%) e Paraná (55,3%), enquanto Amapá, Distrito Federal e Amazonas apresentaram os menores índices, entre 47% e 48%. O levantamento mostra ainda que o percentual de quem nunca viveu em união caiu de 38,6% em 2000 para 30,1% em 2022. Por outro lado, aqueles que já viveram em união, mas não atualmente, cresceram de 11,9% para 18,6%.

Novas configurações familiares e mudanças nas uniões

Segundo o IBGE, as famílias formadas por casais sem filhos tiveram a maior expansão nas últimas duas décadas, crescendo de 13% para 24,1%. As mulheres sem cônjuge com filhos também tiveram aumento, de 11,6% para 13,5% — o que corresponde a aproximadamente 7,8 milhões de brasileiras nessa condição. Os homens sem cônjuge com filhos passaram de 1,5% para 2%, totalizando cerca de 1,2 milhão.

É importante destacar que os números do IBGE se baseiam em informações fornecidas pelos próprios moradores e não representam uma comprovação legal das uniões familiares. A instituição reforça que as respostas podem refletir percepções pessoais, incluindo possíveis interpretações equivocadas ou erros de preenchimento.

Perspectivas e impactos na sociedade brasileira

O cenário revela uma mudança na formação da estrutura familiar no Brasil, com menos casais com filhos e aumento de indivíduos vivendo de forma independente. Essas transformações refletem mudanças culturais, socioeconômicas e de comportamento, potencialmente impactando políticas públicas relacionadas à saúde, educação e assistência social.

O IBGE continuará monitorando essas tendências para ampliar a compreensão sobre as dinâmicas familiares no país, ajudando a orientar ações governamentais e privadas.

Para mais informações, acesse a fonte completa.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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