Brasil cria 166,6 mil vagas de emprego formal em junho

O mercado de trabalho brasileiro gerou 166.621 novas vagas de emprego com carteira assinada em junho de 2025, segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O resultado representa uma queda de 19,2% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram criadas cerca de 206,3 mil vagas.

Desempenho do mercado de trabalho em junho de 2025

Ao todo, foram registradas 2,13 milhões de contratações e 1,97 milhão de demissões no mês, resultando em um saldo positivo de 166,6 mil vagas. Este é o pior resultado para o mês desde 2023, quando o saldo foi de aproximadamente 155,7 mil vagas abertas. Apesar do cenário de desaceleração, o total de empregos formais no país atingiu 48,41 milhões ao final de junho, superando tanto maio de 2025 quanto junho de 2024.

Crescimento acumulado e comparativo regional

De janeiro a junho de 2025, o Brasil criou cerca de 1,22 milhão de empregos, um recuo de 6,8% em relação ao mesmo período de 2024 (1,31 milhão). Esta foi a menor geração de vagas para o primeiro semestre desde 2023, quando foram abertas aproximadamente 1,03 milhão de empregos.

No recorte regional, 26 das 27 unidades federativas tiveram saldos positivos, destacando-se São Paulo (+40.089 vagas), Minas Gerais (+24.228) e Rio de Janeiro (+15.363). O Espírito Santo foi o único estado a registrar saldo negativo, com a perda de 3.348 postos de trabalho.

Setores e salários em alta

Todos os setores da economia apresentaram saldo positivo em junho. O setor de Serviços liderou as contratações com a criação de 77.057 vagas, seguido pelo Comércio (+32.938), Indústria (+20.105), Agropecuária (+25.833) e Construção (+10.665). Além disso, o salário médio de admissão em junho foi de R$ 2.278,37, um aumento real em relação a maio (R$ 2.253,89) e a junho de 2024 (R$ 2.249,61), indicando melhora na remuneração dos novos empregados.

Perspectivas e desafios futuros

Apesar do crescimento no número de empregos, a desaceleração no mercado de trabalho evidenciada pelos números de 2025 aponta para uma recuperação mais gradual após a forte expansão do ano passado. Especialistas destacam a necessidade de políticas que incentivem a retomada do ritmo de contratações e a ampliação de oportunidades, especialmente em setores estratégicos e regiões mais afetadas.

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Com informações do Jornal Diário do Povo