Boticário reforça aposta no mercado de produtos para cabelo com centro de pesquisa
O Grupo Boticário, tradicionalmente reconhecido no mercado de perfumaria e maquiagem, investe agora na expansão do segmento de cuidados capilares. Nesta semana, a companhia inaugurou um centro de pesquisa específico para ciência capilar no laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná. A iniciativa visa ampliar a produção de linhas de beleza para diferentes tipos de fios, atendendo às lacunas existentes no mercado.
Expansão em inovação e tecnologia capilar
Segundo Gustavo Dieamant, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Boticário, a abertura do espaço é uma estratégia para aumentar a expertise em ciência do cabelo e do couro cabeludo, por meio do desenvolvimento de tecnologias próprias. O novo centro reúne especialistas do próprio grupo, além de parceiros como o Hospital Albert Einstein e a TRI Princeton, instituição americana dedicada às pesquisas capilares.
“É uma forma de centralizar esforços internos e externos com investimento, aquisição de novos equipamentos, infraestrutura e capital intelectual”, afirma Dieamant. A iniciativa também busca impulsionar a inovação na linha Siàge, da marca Eudora, considerada a maior do grupo na categoria de cabelos.
Foco em pesquisa e diversidade de linhas
O centro de pesquisa tem como objetivo estudar questões relacionadas à diversidade capilar, saúde do couro cabeludo e fios, personalização de produtos e sustentabilidade. A equipe trabalha tanto no aprimoramento de linhas já existentes, como a Match e Cuide-se Bem, quanto na expansão de produtos voltados a diferentes públicos, incluindo profissionais e consumidores populares.
Investimento e impacto no setor
Embora o valor do investimento no espaço ainda não tenha sido divulgado, o Boticário afirma destinar cerca de 2,5% a 3% de sua receita líquida anualmente para pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. “Cabelo é uma avenida de crescimento para o grupo. Acreditamos em uma entrega mais potente para o consumidor, baseada em ciência”, destaca Dieamant.
De modo geral, as pesquisas pretendem entender melhor as características naturais do fio de cabelo, indo além da simples reposição de componentes como água, gordura e proteína. “É preciso compreender as mudanças no tipo de queratina de acordo com o perfil do cabelo, como crespo ou liso”, explica o executivo.
Apoio à expansão internacional e desafios futuros
Além de fortalecer a presença no Brasil, o centro deve apoiar a expansão internacional do grupo. O Boticário já exporta produtos em Portugal e a linha TRUSS Professional é vendida em mais de 50 países, incluindo Colômbia e Estados Unidos. Não há planos atuais para exportar outras marcas.
Outro desafio ainda em aberto é desenvolver soluções para cabelos grisalhos, uma lacuna no portfólio do grupo. Dieamant comenta que, se não for possível reverter o processo de melanização, será preciso oferecer alternativas que aumentem o espaçamento entre as correções de raiz.
Segundo o executivo, a iniciativa representa um avanço no compromisso do Boticário com inovação e sustentabilidade, impulsionando pesquisas que atendam às necessidades específicas de cada tipo de cabelo por meio de tecnologia própria. A expectativa é que esses estudos resultem em produtos ainda mais personalizados e eficazes para o consumidor.
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Com informações do Jornal Diário do Povo
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