Bolsonaro se emociona e pede orações em sessão do Senado
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou nesta quinta-feira (17) forte emoção em uma recente sessão do Senado, onde foi realizada uma homenagem ao pastor Gedelti Victalino Gueiros, cofundador da Igreja Maranata, falecido neste mês. Durante o evento, Bolsonaro, à beira das lágrimas, compartilhou sua fé e refletiu sobre os desafios enfrentados pelo Brasil, pedindo orações aos presentes.
Uma mensagem de fé e reflexão
Enquanto falava, o ex-presidente destacou a importância da fé em sua vida, afirmando: “Acredito em Deus. Peço orações a vocês”. Ele enfatizou que a percepção do que está à nossa frente nem sempre é evidente, especialmente para aqueles em posições de poder. “As pessoas poderosas dessa nação, algumas desta Casa, quando se conscientizarem do óbvio – que um dia ele vai embora – ele muda”, afirmou em sua reflexão, questionando o que mais seria necessário para que o Brasil se tornasse “a terra prometida do ocidente”. Segundo Bolsonaro, “falta quase nada, mas alguns poucos atrapalham”.
Defesa do filho em meio a polêmicas
Mais cedo, Bolsonaro manifestou seu apoio a seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), sugerindo que ele permaneça nos Estados Unidos mesmo após o término do prazo regimental para seu afastamento, que se encerra neste domingo. O legislador enfrenta a possibilidade de perder seu mandato devido à acumulação de faltas em sessões legislativas. Eduardo, que está licenciado desde março, afirmou que não renunciará ao cargo. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) respaldou a decisão do irmão em não tomar uma atitude imediata, dizendo que não era necessário decidir naquele momento.
Reações à situação de Eduardo Bolsonaro
O ex-presidente expressou preocupação com a volta de Eduardo ao Brasil, dizendo: “Pelo que eu sei, ele não vem pra cá, ele vai ser preso no aeroporto”. Para Bolsonaro, seu filho seria “mais útil lá fora do que cumprindo mandato” neste momento. A declaração gerou controvérsias e reacendeu discussões sobre seu papel no cenário político atual.
Interlocução para questões econômicas
Além das questões familiares, Bolsonaro também abordou a crise entre Eduardo e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), em relação ao aumento das tarifas de produtos brasileiros nos Estados Unidos. Ele defendeu que Tarcísio deve continuar dialogando com representantes da administração americana para buscar uma solução econômica. O governador tem se reunido com o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos, Gabriel Escobar, e consultado ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possibilidade de autorizar uma viagem de Bolsonaro para discutir o assunto diretamente com Donald Trump.
Opiniões sobre Tarcísio
Bolsonaro elogiou o trabalho de Tarcísio, afirmando que “ele está fazendo a parte dele” na busca por soluções e que é uma voz importante no estado de São Paulo, que representa uma parte significativa do PIB do Brasil. Contudo, fez uma reflexão sobre a importância de tratar a questão em âmbito nacional, argumentando que “não é o Trump, no meu entender, quem resolverá a questão dos exportadores de São Paulo”.
Negativas sobre negociações de tarifas
Por fim, o ex-presidente voltou a negar ter participado da negociação que levou à taxação de produtos brasileiros, reafirmando sua posição em meio a um clima incerto sobre a política econômica do Brasil em relação aos Estados Unidos.
As declarações de Bolsonaro na homenagem ao pastor, bem como sua posição sobre as questões familiares e econômicas, refletem não apenas sua fé, mas uma continuidade de sua influência na política brasileira mesmo após deixar a presidência.
A homenagem ao pastor Gedelti e a emotiva intervenção de Bolsonaro são um lembrete do papel da espiritualidade na vida pública e política no Brasil, um assunto que continua a ressoar entre seus apoiadores e críticos. Em momentos de reflexão e apelo por oração, o ex-presidente busca reafirmar sua presença e relevância no cenário político atual.
Da Redação
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