Bolsas mundiais atingem recordes após avanços nas negociações EUA e Brasil

A esperança de uma aproximação nas negociações comerciais dos Estados Unidos com a China e o Brasil levou as principais bolsas a atingirem recordes ontem. Mesmo sem sinais de avanços concretos, o otimismo se refletiu na forte valorização do Ibovespa, que renovou sua máxima histórica ao subir 0,55%, aos 146.969 pontos, enquanto o dólar caiu 0,42%, a R$ 5,37.

Mercado reage positivamente às negociações EUA-Brasil

Segundo Giovanni Bianchi, trader do BR Partners, o desempenho do mercado brasileiro está muito sustentado pelo encontro entre Lula e Trump, além da expectativa de um encontro entre Trump e Xi Jinping. “Qualquer sinal de reaproximação entre China e EUA reduz riscos no comércio global e melhora perspectivas de crescimento, o que tende a gerar reprecificação pró-risco, com alta das bolsas e fortalecimento de moedas emergentes”, explicou.

Reações globais e sinais de otimismo

Na Ásia, o índice Nikkei subiu 2,46%, atingindo 50,5 mil pontos pela primeira vez na história, assim como a Bolsa de Xangai, que fechou aos 4.716 pontos. Na Europa, Londres precisou de uma leve alta de 0,09% para renovar sua máxima, chegando a 9.653 pontos. Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street também atingiram suas máximas: Dow Jones cresceu 0,71%, S&P 500 avançou 1,23%, enquanto o Nasdaq registrou alta de 1,86%.

Expectativas de negociações entre Brasil e EUA

O mercado vê com otimismo a possibilidade de um acordo entre Brasil e EUA, especialmente após a reunião de ontem na Malásia, que contou com negociações diretas entre representantes dos dois países. Giovanni Bianchi destacou que o desempenho sustentado pelo encontro entre Lula e Trump deve se fortalecer com a expectativa de um futuro diálogo entre Trump e Xi Jinping, o que pode ajudar a reduzir as tensões comerciais.

Agenda e próximos passos nas negociações

O governo brasileiro tem como prioridade eliminar a sobretaxa de 40% desde agosto, além da tarifa de 10% imposta por Trump em abril, que afeta setores estratégicos como aço, alumínio, carne e café. Uma equipe composta pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, deve viajar a Washington na próxima semana para intensificar as negociações.

Perspectivas de acordo e continuidade das discussões

Apesar do otimismo, ainda não há um cronograma definido para a resolução do impasse. As equipes de negociadores continuam em contato, focadas na suspensão do tarifaço, considerada condição para avanço nas tratativas. O objetivo é estabelecer um gesto de boa vontade para facilitar a reavaliação das tarifas, que atualmente impactam setores como carne, café, aço e alumínio.

Para fortalecer as negociações, associações que representam esses setores confiam na reversão da sobretaxa de 50% e esperam que a aproximação entre os países possa acontecer de forma responsável, baseando-se em critérios técnicos.

Impactos e expectativas futuras

Embora o cenário ainda esteja em fase de discussão, combinações positivas entre os líderes e sinais de boa vontade reforçam o otimismo do mercado. Caso as negociações avancem, espera-se que o Brasil reafirme sua posição de atrair investimentos e fortalecer a relação comercial com os Estados Unidos, além de impulsionar setores estratégicos da economia.

Para mais detalhes sobre os desdobramentos, confira a análise completa no Globo.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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