Boeing enfrenta primeira greve em quase 30 anos na defesa dos EUA
Nesta segunda-feira (4), cerca de 3.200 funcionários da Boeing na região de St. Louis decidiram paralisar suas atividades, marcando a primeira greve no setor de defesa da empresa em quase três décadas. A paralisação ocorre após a rejeição de uma oferta de contrato que previa um aumento salarial de 20% e melhorias nas contribuições para a aposentadoria.
Greve na Boeing de St. Louis reflete ativismo sindical crescente
Os trabalhadores do Distrito 837 da International Association of Machinists and Aerospace Workers (IAM) justificaram a decisão afirmando que merecem um acordo que reconheça suas habilidades e dedicação, devido ao papel crítico que desempenham na defesa do país. “Os membros do Distrito 837 da IAM falaram alto e claro, eles merecem um contrato que reflita suas habilidades, dedicação e o papel crítico que desempenham na defesa do nosso país”, afirmou Tom Boelling, líder sindical local, em comunicado.
Impacto na produção de defesa e aerospacial
As instalações de St. Louis produzem aeronaves de combate como o F-15, o jato de treinamento T-7, além de mísseis, munições e componentes para os jatos comerciais 777X. A greve ameaça interromper uma cadeia produtiva fundamental para a segurança nacional dos Estados Unidos, refletindo uma crescente pressão por melhores condições de trabalho na indústria aeroespacial.
Perspectivas e reação da Boeing
De acordo com Dan Gillian, vice-presidente da Boeing e executivo sênior do site de St. Louis, a empresa está preparada para a greve e implementou um plano de contingência para manter a operação com a força de trabalho não grevista, garantindo suporte aos clientes e a continuidade dos processos.
A CEO Kelly Ortberg minimizou os impactos da paralisação, afirmando em teleconferência financeira que a greve é de magnitude menor do que episódios anteriores. “A dimensão disso é muito menor do que vimos no outono passado. Eu não me preocuparia muito com as implicações da greve. Vamos gerenciar essa situação”.
Relevância do ativismo sindical no setor aeroespacial
O aumento do ativismo nas indústrias de defesa e aviação é notável, especialmente diante da escassez de mecânicos especializados. Nos últimos meses, diferentes fábricas na Boeing e na Airbus enfrentaram greves ou paralisações temporárias, refletindo as tensões e demandas por melhores condições trabalhistas.
Condições de negociação e próximos passos
A Boeing havia proposto melhorias consideráveis na condição dos trabalhadores, incluindo uma elevação do salário médio para US$102.600 e a revisão de benefícios, além de remover uma proposta de alteração na jornada de trabalho. No entanto, a oferta foi rejeitada, e ainda há discussão sobre a possibilidade de retomar as negociações.
Segundo fontes internas, a companhia alertou que não oferecerá novamente um bônus de assinatura de US$5.000 caso o contrato não seja ratificado até o final do prazo determinado. A situação de greve marca um momento crítico para a produção de defesa dos Estados Unidos, que depende de uma força trabalhista engajada e bem remunerada.
Mais informações sobre o impacto da greve podem ser acessadas em this article.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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