Banco Mundial revisa queda na previsão de crescimento global para 2025

O Banco Mundial divulgou nesta quarta-feira (10) que revisou para baixo sua projeção de crescimento econômico mundial de 2,7% para 2,3% em 2025. A redução reflete o impacto das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, além do clima de incerteza política global. Caso se confirme, este será o ritmo mais lento de expansão desde os anos 1960, excluindo as recessões de 2009 e 2020.

Impacto da desaceleração e cenário internacional

Em janeiro, a entidade sediada em Washington previa crescimento de 2,7% para o ano, quando Donald Trump ainda não havia assumido a presidência dos EUA. Desde sua posse, em 20 de janeiro, Trump adotou medidas protecionistas, impondo tarifas sobre seus parceiros comerciais, principalmente a China, o que contribuiu para a incerteza nas cadeias globais de suprimentos. Segundo o Banco Mundial, essa instabilidade favorece uma desaceleração mais profunda na economia mundial.

Perspectivas e principais riscos

Se a previsão for confirmada, o ritmo de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2025 será o menor em 17 anos, considerando a crise financeira de 2009 e a pandemia de Covid-19 em 2020. A estimativa do banco aponta que, na média da década atual, o crescimento global ficará em 2,5%, o mais lento desde os anos 1960. Os riscos incluem o aumento das restrições comerciais e a persistência da incerteza política, que podem gerar episódios de estresse financeiro.

Desempenho de economias-chave e cenário regional

O relatório destaca que os Estados Unidos terão um crescimento de 1,4%, uma redução de aproximadamente 0,9 ponto percentual em relação às projeções anteriores. A China, por sua vez, mantém sua previsão de crescimento de 4,5%. Os países emergentes e em desenvolvimento deverão avançar 3,8%, frente a 4,1% estimados anteriormente.

Na zona do euro e Japão, o crescimento será de apenas 0,7%, uma revisão de 0,3 e 0,5 ponto percentual, respectivamente. Segundo o relatório, a desaceleração na economia global pode gerar dificuldades adicionais na criação de empregos e na estabilidade financeira global.

Medidas e recomendações do Banco Mundial

De acordo com o economista-chefe da instituição, Indermit Gill, “a economia mundial hoje enfrenta turbulências que, se não forem rapidamente corrigidas, podem causar impactos profundos na qualidade de vida”. O relatório recomenda que os governos reforcem o controle de empréstimos, busquem reduzir as tensões comerciais e foquem na geração de empregos para melhorar o cenário econômico.

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Com informações do Jornal Diário do Povo

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