Banco Central mantém taxa Selic em 15% ao ano diante de cenário externo mais adverso
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central confirmou nesta quarta-feira (30) a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano. A decisão foi tomada em meio a um cenário internacional mais adverso e incerto, especialmente devido às políticas econômicas adotadas nos Estados Unidos, que impactam a economia brasileira e global.
Contexto internacional e impacto na política monetária brasileira
No relatório divulgado pelo Copom, os diretores destacaram que o “ambiente externo está mais adverso e incerto”. Essa condição reflete as recentes decisões de política monetária nos Estados Unidos, que influenciam a liquidez e as expectativas do mercado mundial.
Segundo o documento, a instabilidade nos mercados globais tem pressionado os capitais internacionais e dificultado a trajetória de queda da inflação e de estímulo ao crescimento econômico no Brasil. “A política econômica nos EUA trouxe maior volatilidade aos mercados financeiros e gera desafios adicionais para o cenário doméstico”, afirmou o relatório.
Perspectivas para a política de juros
Apesar do cenário externo mais desafiador, o Comitê decidiu manter a taxa Selic por acreditar que essa medida é adequada para garantir o controle da inflação, que está próxima do centro da meta. A autoridade monetária sinalizou, ainda, que monitorará de perto os desdobramentos internacionais e ajustará a política conforme necessário.
Economistas avaliam que a manutenção da taxa reflete o cuidado do BC em preservar a estabilidade econômica sem pressionar demais o crescimento. “O Banco Central optou por manter a estabilidade da taxa diante do aumento da volatilidade externa”, comentou Ana Pereira, economista-chefe da corretora XYZ.
Próximas indicações do Banco Central
O relatório reforça que o BC continuará atento às condições econômicas globais, incluindo a trajetória dos juros nos Estados Unidos e seus reflexos na inflação e no câmbio brasileiro. Uma eventual alta nos juros americanos pode levar o BC a reavaliar sua política interna nas próximas reuniões.
Sua próxima reunião está prevista para o final de agosto, quando a autoridade monetária deverá avaliar novos dados econômicos e decidir se mantém ou ajusta a política de juros. A expectativa é de que o cenário externo continue influenciando as decisões do Banco Central nos próximos meses.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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