Banco Central mantém juros em 15% e sinaliza cautela diante de incertezas

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (24) manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15%, após uma série de sete altas consecutivas. A decisão foi esperada pelo mercado, mas o comunicado trouxe sinais de maior cautela diante das incertezas econômicas.

Perspectivas do mercado e sinais do comunicado

Fernanda Guardado, economista-chefe para América Latina no BNP Paribas, destaca que o Banco Central manteve as projeções de inflação do relatório do mês passado, embora esperasse uma revisão para baixo, para cerca de 4,8%. Ela afirma que o trecho mais importante do comunicado foi a frase: “O cenário atual, marcado por elevada incerteza, exige cautela na condução da política monetária”, sinalizando uma postura mais prudente.

Expectativas de redução da Selic

Fernanda lembra que uma frase semelhante foi usada em setembro de 2022, momento em que, após dados benignos da inflação em 2023, a autoridade monetária adotou maior cautela. Apesar de alguns estudos sugerirem que o corte de juros possa ocorrer antes do previsto, suas projeções indicam que a redução da Selic só deve acontecer em abril do próximo ano.

Comportamento dos riscos inflacionários

Para Rodrigo Padovani, economista-chefe do BV Financeira, o comunicado mantém a avaliação de que os riscos inflacionários continuam elevados. Ele ressalta que a preocupação do BC com a expectativa de inflação e a inflação de serviços, que reflete uma economia acima de sua capacidade, permanece constante.

Incertezas globais e fiscais

Padovani reforça que o BC sinaliza que o ambiente internacional de incertezas, aliado aos riscos fiscais no Brasil, também impacta a trajetória do câmbio. A estratégia, segundo ele, é manter os juros parados até que haja uma sinalização mais clara na evolução da inflação e das expectativas de mercado.

Impactos futuros e cenário de cautela

O comunicado indica que as dúvidas sobre a sustentabilidade do câmbio, influenciada por fatores internos e externos, continuam presentes. As autoridades monetárias permanecem vigilantes diante do cenário global incerto, com determinação de agir com cautela para não causar movimentos bruscos na economia.

Para mais detalhes, consulte a análise completa na fonte original.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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