Azul consegue saída da falência nos EUA com reestruturação apoiada por credores

A Azul recebeu neste sexta-feira (12) validação judicial nos Estados Unidos para encerrar seu processo de falência e seguir com um plano de reestruturação. O acordo, aprovado pelo juiz Sean Lane em Nova York, reduz mais de US$ 2,6 bilhões em dívidas e obrigações de leasing de aeronaves, além de captar até US$ 950 milhões em novos investimentos de capital.

Reestruturação e novos investimentos

Segundo documentos judiciais, a operação inclui a troca de dívidas por participação acionária na companhia restaurada. Grandes credores, como BlackBarn Capital, Readystate Asset Management, Whitebox Advisors e DSC Meridian Capital, apoiaram a reestruturação. Além disso, a American Airlines e a United Airlines irão investir US$ 100 milhões cada na Azul, que ficará com cerca de 8,5% de participação em cada uma após a saída do Capítulo 11, conforme a Bloomberg Intelligence.

Impactos na frota e na saúde financeira

Com a reestruturação, a Azul afirma que seu balanço patrimonial foi fortalecido e sua frota, readequada, posicionando a companhia aérea a tornar-se mais resiliente diante de oscilações, especialmente nos custos de combustível. “Nosso objetivo é consolidar uma empresa mais robusta, capaz de suportar os desafios do setor”, declarou um representante da Azul.

Aguardando aprovações no Brasil

Apesar da autorização nos Estados Unidos, o plano de recuperação da Azul ainda depende de aprovações regulatórias no Brasil, informou um advogado da companhia durante uma audiência na quinta-feira. O processo no país é um passo necessário para a conclusão definitiva do processo de reestruturação.

Contexto recente do setor aéreo brasileiro e internacional

A Azul entrou com pedido de recuperação judicial em maio, após mais de um ano de aumento nos custos e impactos contínuos da pandemia de Covid-19. A concorrente brasileira Gol Linhas Aéreas também buscou proteção judicial no ano passado, enquanto a americana Spirit Aviation declarou falência em agosto pela segunda vez em menos de um ano.

A operação faz parte de um movimento maior de reestruturações no setor aéreo, enfrentando melhorias na recuperação econômica e na demanda por viagens. A injeção de recursos de grandes companhias internacionais reforça a intenção de fortalecer as operações no Brasil.

Para mais detalhes, acesse a fonte oficial.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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