Alckmin reafirma esforço para resolver tarifas de Trump em meio à crise comercial
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, declarou nesta segunda-feira que o governo brasileiro está empenhado em resolver a crise causada pelas novas tarifas anunciadas pelos Estados Unidos, que podem atingir até 50% sobre produtos brasileiros, em pé de guerra comercial iminente.
Esforço diplomático para evitar as tarifas de Trump
Alckmin afirmou que o empenho do governo é buscar uma solução através do diálogo. “Estamos dialogando pelos canais institucionais e com as reservas. Desde março, iniciamos conversações e criamos um grupo de trabalho que, até o momento, não recebeu resposta definitiva”, afirmou o vice-presidente, durante reunião com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, em Brasília. Segundo ele, o governo mantém esforços constantes nesse sentido.
Diálogo com os Estados e união de forças brasileiras
O governador Ibaneis Rocha destacou que o governo federal está atualizado sobre as estratégias frente à crise comercial. “Estamos promovendo um diálogo amplo com os estados brasileiros e convidando todos os governadores para uma união de esforços contra as medidas protecionistas dos Estados Unidos”, afirmou. Segundo Ibaneis, a participação de toda a classe política é fundamental para a defesa dos interesses nacionais.
Apoio internacional e postura de China
Além das ações internas, o governo brasileiro intensificou contatos no cenário internacional para buscar alternativas. Em Nova York, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, sinalizou que o Brasil está aberto ao diálogo com os Estados Unidos para reverter as tarifas, que entram em vigor na sexta-feira. Mauro Vieira destacou a disposição brasileira ao diálogo internacional.
Em contraponto, a China manifestou apoio ao Brasil na questão. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Guo Jiakun, afirmou que Pequim trabalha junto ao Brasil e demais países da América Latina e do Brics para defender o sistema multilateral de comércio centrado na Organização Mundial do Comércio (OMC). “A China está disposta a atuar em conjunto com o Brasil e outros países para promover uma gestão justa e equitativa do comércio internacional”, declarou Jiakun. Ele criticou as medidas unilaterais de Washington, afirmando que “guerras tarifárias não têm vencedores”.
Impactos da tarifação e próximos passos
As tarifas de Trump atingiriam principalmente produtos industriais e do agronegócio brasileiro, prejudicando setores estratégicos do país. A medida ocorre em meio à campanha eleitoral nos Estados Unidos e, até o momento, não há sinais de recuo por parte da Casa Branca. Especialistas apontam que a situação demanda esforços diplomáticos intensificados e união política para minimizar os efeitos econômicos.
O governo brasileiro mantém a esperança de resolver o impasse e reforça a importância do diálogo internacional para evitar consequências severas para a economia nacional. Segundo fontes oficiais, novas negociações devem ocorrer nos próximos dias, na tentativa de evitar uma escalada da guerra comercial.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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