Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa inicia produção de órteses
O início da produção de órteses neste mês de dezembro, pelo Serviço de Terapia Ocupacional da Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa (NMDER), visa aprimorar o atendimento aos bebês prematuros e nos primeiros meses de vida, utilizando material termoplástico de alta tecnologia, mas as órteses também podem ser usados para várias outras finalidades.
O uso de órteses em recém-nascidos pode ser indicado em casos de má-formação congênita, como pé torto congênito e mão torta radial congênita, onde as órteses ajudam a corrigir gradualmente o posicionamento dos pés e das mãos bebê, quando nascem com essas condições. Além disso, em certos casos de displasia do desenvolvimento do quadril, as órteses podem ser recomendadas para ajudar a manter a articulação do quadril na posição correta durante o desenvolvimento inicial.
De acordo com a professora do curso de Terapia Ocupacional do UNINASSAU Teresina, Klycia Machado, o termoplástico é um tipo de material que se torna maleável, podendo ser de baixa e alta temperatura. Quando aquecido pode ser moldado para criar diferentes formas e estruturas. Esse material é comumente usado na fabricação de órteses por sua capacidade de ser moldado conforme a anatomia do paciente, oferecendo um ajuste personalizado e confortável. Além disso, ele é leve e resistente. No caso de termoplástico de de baixa temperatura, é possível reaproveitá-lo, remodelando e adaptando às mudanças no corpo do usuário.
As órteses são dispositivos médicos projetados para oferecer suporte, corrigir deformidades, aliviar a dor ou melhorar a função de uma parte do corpo. Esses dispositivos são frequentemente utilizados para auxiliar no tratamento de lesões musculoesqueléticas, distúrbios neuromusculares, problemas ortopédicos, entre outros.
Existem vários tipos de órteses, cada uma projetada para atender a uma necessidade específica. Podem ser usadas para corrigir a pisada, fornecer suporte durante atividades físicas, dar suporte a articulações e músculos em processos de reabilitação, entre outras.
“As órteses são utilizadas em diversas condições de saúde, como lesões musculares, articulares ou neurológicas. Elas oferecem suporte, estabilidade e correção de posição, auxiliando na recuperação, prevenção de lesões ou no controle de determinadas condições, como a correção de postura na escoliose, flexão de punho em quadros neurológicos, em casos de lesões ligamentares ou até mesmo para aliviar a pressão em determinados áreas do corpo”, explica a professora.
Além, disso, as inovações tecnológicas atuais permitem que elas sejam fabricadas com materiais de baixo custo e impressoras 3D. De acordo com a professora Klycia, As órteses podem ser feitas de diversos materiais, incluindo plástico, metal, espuma, tecido e até mesmo combinações desses materiais.
“A escolha do material depende da finalidade da órtese, a condição que está sendo tratada e até mesmo a habilidade do terapeuta. Por exemplo, as órteses para membros superiores podem ser feitas de termoplástico que baixa temperatura, com velcros e tecidos para oferecer suporte e conforto, enquanto órteses para os membros inferiores e tronco podem ser feitas de termoplástico de alta temperatura, associado a estruturas metálicas e emborrachadas para corrigir a posicionamentos inadequados”, finaliza a professora.

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