Dólar se aproxima de R$ 5,60 em dia de alta no mercado financeiro
Nesta segunda-feira (22), o dólar comercial fechou vendido a R$ 5,584, registrando um aumento de R$ 0,055 (+0,99%), ao atingir sua maior cotação desde 31 de julho, quando operava a R$ 5,60. Apesar de uma ligeira queda nos primeiros minutos de negociação, o câmbio revertido a tendência após a abertura dos mercados nos Estados Unidos.
Fatores que pressionaram o dólar nesta segunda
O aumento das remessas de lucros e dividendos por empresas brasileiras ao exterior foi um dos principais fatores que impulsionaram a alta do dólar. Essas transferências terão uma nova tributação a partir de janeiro, com a cobrança de 10% de Imposto de Renda sobre remessas acima de R$ 50 mil por mês, o que já motiva algumas empresas a enviarem recursos ao exterior nesta etapa final da legislação vigente, que dispõe de isenção até o fim do ano.
Cenário externo e impacto no mercado de ações
Além do movimento interno, o mercado financeiro também foi influenciado por oscilações do mercado internacional. Apesar da aprovação do Orçamento de 2026 pelo Congresso e de uma arrecadação recorde em novembro, a valorização do dólar reflete as incertezas quanto às próximas decisões do Banco Central (BC), especialmente sobre a redução ou manutenção da Taxa Selic.
Juros futuros e migração de investimentos
As expectativas de alta nos juros futuros pressionaram as ações da maioria das empresas na bolsa. Sem uma orientação clara do BC sobre a redução da taxa básica de juros, os investidores têm migrado seus recursos para a renda fixa, elevando as taxas e contribuindo para o recuo do Ibovespa, que fechou em 158.142 pontos, uma baixa de 0,21% após duas altas consecutivas.
Perspectivas para o mercado cambial e de renda variável
Analistas apontam que o cenário ainda deve permanecer de volatilidade, com o câmbio podendo oscilar dependendo das novas remessas de lucros e dividendos e das decisões do BC. A expectativa de aumento na tributação para transferências ao exterior também pode continuar influenciando o ritmo dessas operações.
Segundo especialistas, o movimento revela uma tensão entre o fortalecimento do dólar e a volatilidade dos juros futuros, que podem sinalizar uma manutenção de juros elevados por mais tempo.
* com informações da Reuters
Com informações do Jornal Diário do Povo
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