Nova tabela do Imposto de Renda 2026 beneficia quem ganha até R$ 5 mil

A nova tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para 2026 entra em vigor em 1º de janeiro e traz mudanças importantes, principalmente na ampliação da faixa de isenção, que agora inclui quem tem renda de até R$ 5 mil por mês. A medida busca alívio para cerca de 16 milhões de brasileiros e ajusta a tributação para diferentes níveis de renda.

Como fica a tabela do IRPF?

O projeto aprovado suspende o pagamento de IR para quem recebe até R$ 5 mil mensais e reduz o imposto para quem tem rendimentos entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350. Para quem ganha acima desse limite, não haverá alterações na tabela atual. Assim, duas “tabelas” coexistirão: uma para até R$ 7.350 e outra para rendimentos superiores.

A medida beneficia trabalhadores com carteira assinada, aposentados e pessoas que trabalham por conta própria, além de reduzir o imposto pago por quem está na faixa intermediária.

Quem é isento de IR hoje?

Atualmente, o teto de isenção do IR é de R$ 2.428,80, mas na prática, quem ganha até R$ 3.036 por mês está isento, devido ao desconto simplificado de R$ 607,20 utilizado pela Receita Federal. Essa mudança, que entrou em vigor em maio, promove uma isenção maior para quem recebe até dois salários mínimos.

Com a nova regra, a expectativa é que o benefício seja estendido a mais de 16 milhões de brasileiros, beneficiando principalmente os trabalhadores com rendas mais baixas.

Impacto para quem ganha até R$ 7.350

Para quem recebe até R$ 7.350 mensais, a nova legislação cria uma espécie de divisão na tributação, com uma maior isenção e menor cobrança de imposto nesta faixa. A ferramenta do Globo mostra que essa mudança representa um alívio financeiro significativo nestes casos.

Profissionais liberais com rendimentos elevados, como autônomos, também serão afetados, principalmente aqueles com renda acima de R$ 50 mil mensais, que poderão ser sujeitos à tributação mínima.

Quando começa a valer a maior isenção?

A entrada em vigor da nova tabela está prevista para 1º de janeiro de 2026, garantindo que os beneficiários comecem a pagar menos imposto logo no próximo exercício fiscal.

Quem será beneficiado?

Estima-se que a mudança atingirá aproximadamente 16 milhões de contribuintes, incluindo trabalhadores com rendimentos até R$ 5 mil e aqueles com ganhos de até R$ 7.350, que pagarão menos imposto que atualmente.

Segundo técnicos do governo, o custo dessa medida deve chegar a R$ 31,2 bilhões no próximo ano, representando uma aliança de benefício social e arrecadação futura.

Como será feita a compensação da perda de arrecadação?

Para compensar a redução na arrecadação, estimada em R$ 31,2 bilhões, o governo criará um imposto mínimo sobre contribuintes de alta renda e aumentará a taxação de remessas de dividendos ao exterior. Com essas medidas, a arrecadação deve atingir R$ 34,1 bilhões em 2026.

Tributação de alta renda e dividendos

Para os mais ricos, será instituído um imposto mínimo sobre rendimentos acima de R$ 50 mil mensais, com alíquotas progressivas de zero a 10%, chegando a 10% para quem recebe mais de R$ 1,2 milhão ao ano. Além disso, a proposta prevê retenção na fonte de 10% sobre dividendos superiores a R$ 50 mil mensais e valores enviados ao exterior, atualmente isentos.

Por que os estados e municípios terão perdas?

O projeto garante que, em caso de perdas na arrecadação de IR, recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) serão repassados automaticamente pela União, evitando prejuízos fiscais aos entes federados.

Concluindo

A ampliação da faixa de isenção e as mudanças na tributação pretendem contribuir para uma carga mais justa, obrigando cerca de 16 milhões de brasileiros a pagarem menos imposto e promovendo maior equilíbrio na arrecadação do Imposto de Renda. A expectativa é de que as normas passem a vigorar oficialmente em janeiro de 2026, beneficiando as famílias de menor renda e ajustando a tributação para os contribuintes de alta renda.

Para mais detalhes, acesse o documento completo.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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