Preço do café pode continuar caindo em 2026, mas sem ficar barato
Apesar das condições climáticas favoráveis para a safra de café neste ano, os últimos anos foram marcados por colheitas ruins, causadas pelo calor e pela seca, segundo especialistas. Essa situação ainda mantém o mercado apreensivo quanto à recuperação total dos cafezais, afirma Renato Garcia Ribeiro, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Impacto das mudanças climáticas na produção de café
De acordo com Ribeiro, as temperaturas elevadas e a falta de chuva prejudicaram as lavouras nos anos anteriores, dificultando a recomposição dos cafais. Como consequência, a oferta ainda não atendeu totalmente à demanda do mercado. “Apesar de o clima estar mais favorável, os danos acumulados nos últimos anos continuam afetando a produção”, explica o especialista, em entrevista ao G1.
Previsões para os preços do café em 2026
Segundo análises do mercado de commodities, o preço do café pode continuar em queda ao longo de 2026, embora sem uma redução excessiva. O especialista em mercado de café, João Pereira, destaca que a recuperação gradual da safra deve evitar preços muito baixos, mas a oferta ainda superior à demanda manterá os preços sob pressão.
Recuperação gradual e riscos futuros
Segundo o site G1, o mercado prevê que, mesmo com possíveis estabilizações, o valor do café não chegará a níveis considerados baixos, porém ainda poderá registrar quedas. O risco de novas ondas de calor e seca continua sendo uma preocupação para produtores e investidores.
Perspectivas para o setor cafeeiro
Especialistas alertam que, para que haja uma recuperação mais robusta dos preços, será necessária a implementação de tecnologias de irrigação e melhores práticas agrícolas. Além disso, políticas de apoio aos produtores podem ajudar a reduzir os impactos das mudanças climáticas na cultura do café, considerada vital para a economia de várias regiões brasileiras.
O mercado aguarda por novidades relacionadas às estratégias de adaptação dos cafeicultores e ao desenvolvimento de variedades mais resistentes ao clima, que possam garantir maior estabilidade e segurança na produção.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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