Rede Hospital Casa solicita transferência de pacientes e reforça crise na Unimed Rio
A Rede Hospital Casa, que atua no Rio de Janeiro, solicitou à Unimed Brasil a transferência de aproximadamente cem pacientes internados em suas unidades, conforme comunicado divulgado na última sexta-feira. A medida ocorre após a rede anunciar o pedido de transferência, sem ter recebido respostas aos seus pedidos de negociação e pagamento de uma dívida de R$ 200 milhões acumulada nos últimos três anos.
Crise e tentativas de reestabelecimento de atendimento
Na semana passada, a Unimed Ferj conseguiu uma liminar que obrigou a Rede Hospital Casa a reestabelecer o atendimento aos seus pacientes. No entanto, na sexta-feira, a rede enviou um comunicado ao conselho informando que solicitou formalmente a transferência assistida dos pacientes ainda internados, em condições de remoção, para a nova rede assistencial divulgada pela operadora, composta pelos grupos Amil TotalCare e Saúde Américas.
“Diante do anúncio público da Unimed do Brasil sobre o restabelecimento de sua rede assistencial com hospitais dos grupos Amil TotalCare e Saúde Américas, apesar da grande frustração de toda a nossa equipe de colaboradores por não termos sido contemplados com diálogo, pagamentos da dívida e valores correntes ou negociação para manutenção dos atendimentos que prestamos ao longo de 16 anos — mesmo diante das recorrentes dificuldades enfrentadas pela carteira —, a Rede Hospital Casa cumpriu sua missão até o fim. Somente ontem (quinta-feira) notificamos formalmente a Unimed do Brasil para a realização da transferência assistida dos pacientes”, afirmou o documento.
Repercussões na saúde do Rio de Janeiro
A ausência de diálogo e o impasse financeiro também motivaram a convocação de uma reunião pela Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Rio de Janeiro (Feherj) e pela Associação dos Hospitais do Estado do Rio de Janeiro (Aherj). A reunião está marcada para esta terça-feira, dia 16, e terá como objetivo discutir medidas de proteção à rede hospitalar diante da dívida estimada em cerca de R$ 2 bilhões pela Unimed Ferj.
Segundo Guilherme Jaccoud, presidente da federação, uma das possibilidades avaliadas é a suspensão dos atendimentos aos clientes da cooperativa carioca. Ainda assim, a decisão será tomada em conjunto pelos prestadores de serviço, com o suporte do departamento jurídico da entidade. “A solução é a suspensão dos atendimentos aos clientes da cooperativa, mas a medida será analisada em conjunto pelos prestadores”, declarou Jaccoud.
Impactos e perspectiva de crise
O cenário evidencia uma crescente crise na rede de saúde privada do Rio de Janeiro, agravada pela dívida acumulada e pela falta de diálogo entre as partes. A situação coloca em risco o atendimento a milhares de pacientes, além de levantar discussões sobre a sustentabilidade do setor diante do impasse financeiro.
Para acompanhar o desfecho da situação e possíveis novas ações, o setor de saúde aguarda os resultados da reunião de terça-feira, que pode definir o futuro da assistência hospitalar na região.
Para mais detalhes, acesse o fonte original.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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