Preço do dólar sobe com cenário interno e externo em 15 de dezembro
Nesta segunda-feira (15), o mercado financeiro brasileiro acompanha a oscilação do dólar, influenciado por fatores internos e externos que afetam as expectativas de investidores. O dólar inicia a sessão com tendência de alta, enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h com desempenho positivo.
Fatores que impactam o câmbio nesta semana
O cenário interno inclui a divulgação do IBC-Br às 9h, considerado um termômetro do PIB, que deve indicar retração de 0,3% em outubro, segundo projeções do mercado. Além disso, às 15h, a Secretaria de Comércio Exterior divulga os números da balança comercial semanal, observando a relação entre exportações e importações.
Na conjuntura internacional, os investidores acompanham a atividade industrial nos Estados Unidos através do Índice Empire Manufacturing, além de discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed). Nesta manhã, as avaliações de Austan Goolsbee, Jeffrey Schmid, Anna Paulson e Beth Hammack oferecem panorama sobre as perspectivas da política monetária americana.
Desempenho do dólar e do Ibovespa
O dólar acumula uma queda de 0,41% na semana, com alta de 1,41% no mês e recuo de 12,45% no ano, refletindo a volatilidade global e as expectativas de novos cortes de juros pelo Fed. Em contrapartida, o Ibovespa apresenta alta de 2,16% na semana, 1,07% no mês e um aumento expressivo de 33,66% no acumulado do ano, impulsionado especialmente pela decisão de retirada das sanções contra o ministro do STF Alexandre de Moraes pelos Estados Unidos.
Retirada de sanções e impactos no mercado brasileiro
O governo dos EUA removeu Moraes e sua esposa, Viviane, da lista de sancionados sob a Lei Magnitsky, sem divulgar os motivos, o que reforçou o otimismo no mercado financeiro brasileiro. Como consequência, ações dos principais bancos tiveram altas, com destaque para Banco do Brasil (+0,60%), Bradesco (+1,20%) e Itaú (+0,89%). O Santander, por sua vez, registrou leve queda de 0,09%.
Decisões do Fed e expectativas futuras
Na semana passada, o Fed reduziu a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para uma faixa de 3,50% a 3,75%, configurando o terceiro corte consecutivo. Discursos de dirigentes indicam diferentes visões sobre os próximos passos, destacando a cautela do banco central americano diante da persistente inflação acima da meta de 2%, enquanto alguns votantes defendem maior rigidez na política monetária.
A presidente do Fed de Filadélfia, Anna Paulson, enfatizou preocupações com o mercado de trabalho, enquanto Beth Hammack, da Cleveland, prefere uma postura mais restritiva, com juros mais altos para conter a inflação. Essas divergências sinalizam que as próximas decisões dependerão dos dados econômicos que serão divulgados nas próximas semanas.
Agenda econômica e cenário global
No Brasil, o volume de serviços cresceu 0,3% em outubro, segundo o IBGE, completando nove meses consecutivos de avanço e atingindo o maior patamar da série histórica. Nos mercados internacionais, as bolsas americanas fecharam em queda, particularmente o Nasdaq, influenciadas por preocupações com possíveis bolhas no setor de tecnologia. Já as bolsas asiáticas fecharam em alta, apoiadas por sinais de estímulo na China, enquanto as europeias também reverteram ganhos devido à cautela global.
O internacional, as expectativas de crescimento e estabilidade política continuam a orientar a trajetória do dólar, que mantém sua volatilidade em meio às incertezas econômicas e políticas globais.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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