Ambipar demitiu 35 executivos após crise de governança
A Ambipar confirmou que demitiu 35 executivos na última semana devido a falhas relevantes na implementação de práticas de governança e gestão de riscos. A informação foi divulgada em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na segunda-feira, reforçando o momento delicado que a empresa enfrenta.
Crise e desmobilização Organizacional
Segundo o documento, os gestores dispensados estavam subordinados ao ex-diretor financeiro João Arruda, apontado por denúncias internas como responsável por negociar condições de derivativos com o Deutsche Bank que agravaram a crise financeira da companhia. Como consequência, a estrutura organizacional da empresa foi drasticamente desmobilizada, buscando conter os efeitos da crise financeira.
Responsabilidade e buscas por investigação
Arruda, que deixou a empresa, defendeu que fossem realizadas buscas e apreensões na Ambipar para identificar possíveis envolvidos em irregularidades, incluindo administradores, executivos e membros do conselho. Ele afirmou que as ações buscariam esclarecer a responsabilidade de possíveis omissões diante de irregularidades alegadas, diante de denúncias de má conduta.
A estratégia de mudanças e o impacto na recuperação
De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico, publicada em 29 de setembro, a demissão de executivos, que haviam sido contratados há menos de um ano para reforçar a nova estrutura de governança, representa uma reviravolta na estratégia adotada pela companhia. Essas mudanças ocorreram dias antes do pedido de recuperação judicial, protocolado pela Ambipar com uma dívida total de aproximadamente R$ 10 bilhões, sendo R$ 35 milhões referentes a uma dívida financeira que contribuiu para a crise.
Recentemente, a empresa anunciou que está readequando sua estrutura de governança e apresentou à CVM um plano de reestruturação do departamento, cuja implementação deve ser concluída até fevereiro de 2026. A medida faz parte dos esforços para recuperar sua credibilidade no mercado.
Procurada por medidas de proteção e revisão da governança
Em documento enviado à CVM, a Ambipar reafirmou seu compromisso de aprimorar suas estruturas de governança, fiscalização e controles internos, alinhando-se às melhores práticas de mercado e às exigências do Regulamento do Novo Mercado. A companhia também revelou que a reestruturação inclui medidas cautelares para proteger sua operação enquanto tenta superar a crise.
Contexto de crise financeira e rebaixamento de classificação de risco
O cenário da Ambipar é agravado pelo rebaixamento da sua nota de crédito para nível de default, reflexo da preocupação dos investidores com a sustentabilidade financeira da companhia. Essa situação foi detalhada em uma reportagem do Globo, que destacou os riscos de uma dívida de R$ 35 milhões que pode gerar uma exposição de até R$ 10 bilhões para a empresa.
A companhia continua buscando estabilizar sua situação financeira, enquanto tenta reconquistar a confiança do mercado com uma reestruturação e mudanças na sua gestão.
Para saber mais, acesse a reportagem completa pelo link oficial.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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