Data centers da Amazon ultrapassam 900 em meio à expansão da IA

A Amazon Web Services (AWS), divisão de computação em nuvem da Amazon, atualmente opera mais de 900 data centers em mais de 50 países, segundo documentos analisados pela Bloomberg e SourceMaterial. Essa expansão ocorre em meio à crescente demanda por inteligência artificial e serviços de larga escala.

Estrutura diversificada além dos polos tradicionais

Embora seja conhecida pelos gigantescos polos na Virgínia e Oregon, a AWS distribui também instalações de colocation, alugando espaços para que empresas instalem seus próprios servidores. Esses centros de colocation, que representam cerca de 20% da capacidade de processamento da Amazon no ano passado, variam de alguns racks até edifícios inteiros em cidades como Frankfurt e Tóquio.

Por que essa estratégia é importante? Segundo Nic Benders, estrategista-chefe da New Relic, há recursos de nuvem menores e invisíveis que desempenham papel fundamental no funcionamento global da AWS. “Provedores de nuvem não gostam de divulgar suas localizações,” comenta Benders.

Capacidade e segurança na expansão da AWS

Embora não divulgue detalhes específicos de cada data center por questões de segurança, a AWS opera globalmente uma vasta rede de instalações distribuídas. Em 2024, a empresa dependia de mais de 440 centros de colocation, estrategicamente posicionados para oferecer alta velocidade no encaminhamento de dados de clientes ao redor do mundo.

Segundo Aisha Johnson, porta-voz da AWS, a abordagem busca um equilíbrio entre propriedade própria e uso estratégico de recursos terceirizados, de modo a atender à crescente demanda por seus serviços, especialmente na área de inteligência artificial.

Perspectivas de investimento e impacto ambiental

Projeções indicam que os investimentos em data centers podem chegar a US$ 11,4 bilhões em 2026. Apesar do crescimento, há críticas de grupos ambientais e defensores do consumidor, alertando para o impacto do aumento de data centers na rede elétrica e na manutenção de usinas movidas a combustíveis fósseis.

Por outro lado, a Amazon reafirma seu compromisso com energia renovável, apoiando projetos de energia limpa. A empresa também lidera em projetos de energia solar e eólica, visando alcançar emissões líquidas zero até 2040. Ainda assim, seus megaprojetos em locais como Indiana e Mississippi contribuem para a expansão de usinas a gás natural.

O futuro da infraestrutura na nuvem

Com a concorrência crescendo, rivais como Microsoft e Google aumentam a oferta de capacidade, especialmente para o setor de inteligência artificial, que exige infraestrutura ainda mais robusta. A Amazon, mesma liderando com receita de US$ 33 bilhões no último trimestre, busca manter sua posição enquanto enfrenta desafios de sustentabilidade e segurança.

Segundo especialistas, a transparência reduzida sobre a localização dos centros de dados deve continuar, reforçando a estratégia de segurança e competitividade da companhia frente ao boom da IA e ao crescimento exponencial da demanda computacional.

Para mais detalhes, acesse o fonte original.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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