Crise na Serede e Tahto acirra debates sobre recuperação de empresas de telecomunicações
A Serede, que conta com cerca de cinco mil funcionários e enfrenta atrasos salariais, entrou em crise após clientes importantes, como a V.Tal — dona da Nio (antiga Oi Fibra) — encerrarem contratos. Em meio a esse cenário, especula-se que a TIM possa contratar os serviços da companhia, agravando a situação. Enquanto isso, os funcionários da Serede estão em greve, contribuindo para o agravamento das dificuldades financeiras da empresa.
Recuperação judicial e planos futuros
Segundo a Justiça, tanto a Serede quanto a Tahto — que possui aproximadamente 5.800 empregados — terão 60 dias para apresentar planos de recuperação. Ambas afirmam, em requerimentos, que, apesar da crise financeira do Grupo Oi, são sociedades operacionalmente viáveis e que sua saúde financeira não depende exclusivamente da controladora.
Obrigações durante o processo
Durante o período de recuperação judicial, as empresas deverão apresentar mensalmente suas contas administrativas ao administrador judicial até o quinto dia útil do mês subsequente, sob pena de destituição de seus gestores. A medida busca garantir maior transparência e controle do processo.
Desafios financeiros e dívidas
As empresas informaram que seu fluxo de caixa não será suficiente para quitar dívidas que já ultrapassam os R$ 800 milhões, sendo a maior parte trabalhista. A juíza responsável ressaltou que a sociedade controladora, o Grupo Oi, possui personalidade jurídica distinta de suas subsidiárias, além de atividades distintas, o que complica ainda mais a resolução do problema financeiro.
Impactos no setor de telecomunicações
A crise na Serede e na Tahto evidencia os desafios enfrentados por empresas de manutenção de rede e call centers vinculadas ao Grupo Oi, afetando a estabilidade do setor de telecomunicações brasileiro. Analistas apontam que a recuperação dessas companhias será crucial para evitar um impacto ainda maior na prestação de serviços de conectividade no país.
Mais detalhes sobre a situação podem ser conferidos na reportagem do O Globo.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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