Haddad defende Gabriel Galípolo e aponta espaço para corte na taxa Selic

Em entrevista à CNN Brasil nesta segunda-feira (11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a condução da política monetária pelo Banco Central e destacou ações regulatórias que estão sendo implementadas pela autoridade monetária. Haddad, que mantém uma relação próxima com Galípolo, também comentou sobre as críticas feitas pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, ao atual presidente do BC.

Defesa de Galípolo e ações do Banco Central

Haddad afirmou que tem uma forte proximidade com Gabriel Galípolo, indicando que foi quem o recomendou para o cargo de diretor do BC. Segundo ele, o presidente do Banco Central está realizando um bom trabalho na adoção de procedimentos para coibir abusos no sistema financeiro, como a regulação de fintechs e mudanças no crédito imobiliário.

“Tenho uma proximidade grande com o Galípolo, que foi indicado por mim, e acredito que ele esteja fazendo um bom trabalho de regulação e controle do sistema financeiro”, declarou o ministro. Conforme reportado pelo Globo, integrantes do governo Lula têm aumentado a pressão por uma redução na taxa de juros.

Críticas de Gleisi Hoffmann e perspectivas para a Selic

Gleisi Hoffmann, que criticou publicly o desempenho de Galípolo após a última reunião do Comitê de Políticas Monetárias (Copom), afirmou que a postura do BC deixou a desejar. “O BC é mais do que a Selic. Envolve muitas outras questões”, afirmou Haddad, defendendo a condução da política monetária como um conjunto de ações.

Questionado sobre a taxa básica de juros, atualmente no maior patamar da série histórica, Haddad revelou que há espaço para um possível corte da Selic. Ele reforçou que essa opinião é compartilhada por representantes do setor bancário, analistas e outros setores econômicos. “Ninguém deve se afligir com o debate honesto dessas questões. Quem decide é o Banco Central”, afirmou.

Diálogo com o setor financeiro

Haddad reuniu-se na manhã desta segunda-feira com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e destacou que parte do setor financeiro já entende que é o momento de iniciar um ciclo de cortes na taxa de juros. “Uma parte desses players concorda que já chegou a hora do ciclo de redução da Selic. O debate é honesto e transparente”, comentou o ministro.

Perspectivas futuras e cenário econômico

O ministro declarou que o Banco Central possui instrumentos diversos além da Selic para conduzir a política monetária e garantir a estabilidade econômica. “Estamos atentos às condições do mercado e à necessidade de ajustar a política de forma responsável”, concluiu Haddad.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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