Excesso de açúcar e seus efeitos: o que dizem os especialistas
O consumo de açúcares presentes em frutas e vegetais, como glicose e frutose, é diferente daquele presente em alimentos processados, devido à forma como o corpo os processa, afirmaram especialistas. O excesso de açúcares adicionados, como o refinado ou o de milho rico em frutose, pode causar problemas sérios à saúde, incluindo resistência à insulina, doenças hepáticas e aumento do risco cardiovascular.
Por que o excesso de açúcar é tão prejudicial?
Segundo Karen Della Corte, professora de ciência nutricional na Universidade Brigham Young, a composição do açúcar em uma maçã e em uma barra de chocolate é a mesma, mas sua digestão difere dependendo do alimento. Kimber Stanhope, pesquisadora da Universidade da Califórnia, explicou que consumir alimentos inteiros com fibras retarda a digestão, evitando picos de açúcar no sangue. Já os açúcares adicionados entram na circulação rapidamente, causando elevações bruscas desses níveis, que ao ocorrerem repetidamente aumentam o risco de resistência à insulina e diabetes tipo 2.
O consumo frequente também leva o fígado a transformar esses açúcares em gordura, aumentando o risco de doença hepática e suas complicações, incluindo o acúmulo de gordura nas artérias, o que pode levar a ataques cardíacos e AVCs, alertou o endocrinologista Dr. Robert Lustig.
Diretrizes de consumo de açúcar
As autoridades de saúde recomendam limitar o consumo de açúcares adicionados a no máximo 50 gramas por dia. A Associação Americana do Coração recomenda um limite mais rigoroso: 36 gramas para homens e 25 gramas para mulheres, para reduzir os riscos de doenças metabólicas e cardiovasculares.
O ‘natural’ é melhor mesmo?
Apesar de adoçantes como mel, xarope de bordo e néctar de agave serem considerados opções mais “naturais” e divulgados como alternativas mais saudáveis, eles também contam com o risco de prejudicar a saúde quando consumidos em excesso, alertaram os especialistas. Como explica Karen Della Corte, o corpo não consegue distinguir a origem do açúcar — seja do mel ou do açúcar refinado.
Stanhope ressalta que muitas pesquisas sobre esses adoçantes receberam financiamento da indústria, dificultando avaliar a confiabilidade dos resultados. Além disso, o impacto de adoçantes artificiais, como aspartame e sucralose, e à base de plantas, como estévia, ainda é objeto de estudos, com os cientistas tentando entender como eles podem afetar a saúde.
Recomendações finais
Para evitar riscos à saúde, especialistas sugerem que, ao desejar algo doce, a melhor estratégia é optar por maneiras naturais de saciar esse desejo, como um fio de mel em fatias de maçã ou um pequeno pedaço de chocolate amargo. Caso necessário, pequenas porções de açúcar podem ser uma alternativa, porém sem exageros.
Para mais informações, visite Fonte.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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