Nova isenção do Imposto de Renda pode beneficiar até R$ 7.350 mensais
A legislação em análise no Congresso Nacional prevê uma significativa ampliação na faixa de isenção do Imposto de Renda, que pode beneficiar trabalhadores com renda mensal de até R$ 7.350. A proposta ainda precisa ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor, com expectativa de valer a partir de janeiro de 2026.
Principais detalhes do projeto de isenção do IR
O projeto visa ampliar a faixa de isenção para quem tem rendimentos mensais de até R$ 5 mil, além de oferecer descontos progressivos para quem ganha até R$ 7.350. Para compensar a redução na arrecadação, a proposta prevê a tributação da alta renda — acima de R$ 600 mil por ano — com alíquota progressiva de até 10%. Também há isenções para pagamentos de lucros e dividendos de governos estrangeiros e fundos soberanos, desde que haja reciprocidade…
Quem será impactado?
De acordo com o economista Bruno Carazza, aproximadamente 15 milhões de contribuintes serão beneficiados com a medida, deixando de pagar ou pagando menos imposto. Entre esses, estão pessoas com renda de até R$ 5 mil mensais. Um grupo estimado entre 140 mil e 150 mil indivíduos, com rendimento superior a R$ 50 mil mensais, passará a contribuir mais pelo aumento da tributação sobre rendimento de alta renda.
Quando a nova isenção entra em vigor?
Embora aprovada pela Câmara, a implementação depende da análise no Senado e da sanção presidencial. A expectativa do governo é que, se aprovada ainda neste ano, as mudanças entrem em vigor em janeiro de 2026, impactando a declaração de IR de 2027.
Quanto os trabalhadores podem economizar?
Estimativas indicam que contribuintes com renda de R$ 5 mil mensais poderão economizar cerca de R$ 312,89 por mês — valor que diminui conforme a renda aumenta. Essas simulações consideram o impacto da nova faixa de isenção e descontos progressivos.
Vale para quem tem salário líquido ou bruto?
A isenção será aplicada para rendimentos brutos de até R$ 5 mil mensais. Para quem tem mais de uma fonte de renda, o benefício se estende, desde que a soma não ultrapasse esse limite.
Contribuintes com renda entre R$ 5.001 e R$ 7.350
Para essa faixa, o projeto estabelece descontos progressivos — por exemplo, quem recebe R$ 7 mil por mês terá uma redução de cerca de R$ 46,61 na tributação mensal. Quem recebe acima de R$ 7.350 continuará sendo tributado normalmente, de acordo com a tabela vigente.
Como o governo pretende compensar a perda de arrecadação?
O governo estima uma redução de R$ 25,8 bilhões na arrecadação de IR em 2026. Para compensar, foi proposta uma tributação mínima de até 10% para rendimentos acima de R$ 600 mil anuais, além de cobrança de lucros e dividendos, atualmente isentos. Parte dos recursos arrecadados será destinada a estados e municípios.
Os mais ricos pagarão mais imposto?
Sim. Pessoas com renda superior a R$ 600 mil anuais passarão a pagar uma alíquota mínima de 10% apenas sobre o valor que exceder esse limite. Por exemplo, quem ganha R$ 600.001 pagará cerca de R$ 0,10 de imposto, enquanto quem possui renda de R$ 615 mil por ano deverá pagar aproximadamente R$ 1.537,50.
Alterações na declaração do IRPF?
O texto ainda não detalhou possíveis mudanças no processo de declaração para quem entrar na nova faixa de isenção. Essas regras deverão ser esclarecidas pela Receita Federal após a aprovação definitiva.
Contribuintes com salário alto, como R$ 55 mil mensais, serão mais taxados?
Não. Para quem tem vínculo CLT, o imposto já é retido na fonte com alíquota máxima de 27,5%. A nova regra não altera essa forma de tributação.
Consequências para os mais ricos
Pessoas que ganham mais de R$ 50 mil por mês passarão a pagar uma tributação mínima de até 10% sobre o valor que exceder R$ 600 mil anuais, aumentando gradualmente a alíquota conforme a renda cresce.
Por fim, o projeto busca corrigir distorções e ampliar a justiça fiscal, beneficiando a maior parcela da população e garantindo maior progressividade na contribuição dos mais endinheirados, se aprovado e sancionado.
Para simulações detalhadas e para calcular quanto você pode deixar de pagar, acesse o artigo completo no G1.
Com informações do Jornal Diário do Povo
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