Trump e primeira-ministra japonesa assinam acordo sobre terras raras em Tóquio

O presidente Donald Trump e a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, se encontraram nesta terça-feira (29), em Tóquio, para assinar um acordo sobre terras raras e minerais essenciais às cadeias de suprimentos globais. A assinatura ocorre em um momento de maior preocupação internacional com o controle desses materiais, especialmente após a China ampliar seus controles de exportação em outubro.

Aliança estratégica para o controle de minerais críticos

Segundo a imprensa internacional, o documento visa fortalecer a cooperação entre os países e proteger as tecnologias utilizadas em smartphones, aeronaves e sistemas militares. “Somos aliados no mais alto nível, e é uma honra estar com vocês, especialmente tão cedo nesta nova fase da nossa relação”, afirmou Trump durante a cerimônia em Tóquio.

Sanae Takaichi, por sua vez, destacou a importância de estabelecer uma “nova era de ouro” na relação nacional com os Estados Unidos. “Queremos que essa aliança torne ambos os países mais fortes e prósperos”, declarou ela, reforçando o compromisso de ampliar a cooperação econômica e de segurança com os EUA.

Contexto internacional e agenda de Trump na Ásia

A visita de Trump à Ásia, que marca sua primeira viagem à região após retornar à Casa Branca, começou na Malásia no domingo, com reuniões e acordos realizados à margem de uma cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). Ele também buscou uma reaproximação com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de não ter previsto encontros com o primeiro-ministro canadense Mark Carney, descartando a possibilidade de uma reunião em curto prazo.

O maior foco de Trump continua sendo um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, previsto para quinta-feira na Coreia do Sul. Será a primeira conversa presencial entre ambos desde que o republicano retornou ao cargo, em 2024. Antes dessa reunião, o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, e representantes de Washington participaram de negociações que visam evitar tarifas adicionais de 100% previstas para entrar em vigor em 1º de novembro. As negociações indicam que uma “estrutura” de compromisso foi alcançada.

Possíveis encontros com Kim Jong-un e impacto global

Trump também alimentou especulações sobre um possível reencontro com o líder norte-coreano Kim Jong-un, que participou da última reunião em 2019 na Zona Desmilitarizada. “Gostaria de me encontrar com ele, se ele quiser”, afirmou Trump a bordo do Air Force One. Ele ressaltou ainda que tem uma boa relação com Kim: “Eu gostava dele. Ele gostava de mim.”

Questionado se estenderia sua viagem para facilitar uma reunião, Trump respondeu: “Bem, acho que sim, faria isso sem problemas.”

Especialistas avaliam que a assinatura do acordo sobre minerais em Tóquio representa uma estratégia para diversificar cadeias de suprimentos e reduzir a dependência da China, considerando o cenário de tensões comerciais e políticas na região.

Mais detalhes sobre a visita e os acordos podem ser acessados em esta reportagem.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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