Ibovespa atinge recorde com otimismo por clima político e internacional

O Ibovespa fechou a sessão desta segunda-feira (27) em 146.969,10 pontos, uma alta de 0,55%, marcando uma nova máxima histórica na Bolsa de Valores de São Paulo. A valorização ocorreu diante de sinais positivos nas negociações internacionais e expectativas de melhora na economia brasileira.

Otimismo impulsiona o Ibovespa e o mercado global

O bom humor nos mercados foi alimentado pelo encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, realizado no domingo (26) na 47ª Cúpula da ASEAN, em Kuala Lumpur. Os líderes discutiram as tarifas impostas pelos EUA às exportações brasileiras, com Lula pedindo a suspensão imediata do “tarifaço” para facilitar futuras negociações bilaterais.

O ministro Geraldo Alckmin destacou a importância da reunião como um avanço para destravar as negociações comerciais e de cooperação entre Brasil e Estados Unidos. Além disso, sinais de uma aproximação entre Estados Unidos e China também contribuíram para o ambiente de otimismo, com Trump sugerindo uma possível redução nas tensões comerciais antes do encontro com o presidente Xi Jinping, previsto para quinta-feira (30).

Indicadores econômicos e projeções de inflação

Segundo dados do Boletim Focus, o mercado financeiro mantém expectativas de uma inflação mais controlada, com projeções de IPCA para 2025 revisadas para 4,56%, próximo do teto da meta oficial de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Essa revisão reflete o impacto do IPCA-15 de outubro, que avançou apenas 0,18%, levando o índice anual a 4,94%, abaixo do esperado.

O cenário de otimismo também se refletiu na Bolsa de Nova York, onde o S&P 500 superou, pela primeira vez, a marca de 6,8 mil pontos, renovando seu recorde. Os principais índices americanos tiveram alta; o S&P 500 avançou 1,23%, o Nasdaq conquistou 1,86%, e o Dow Jones subiu 0,71%, impulsionados pela melhora do clima comercial global e divulgação de balanços positivos das grandes empresas de tecnologia.

R$ 16,8 bilhões em negócios e dólar em queda

O giro financeiro da B3 nesta segunda-feira atingiu R$ 16,8 bilhões, refletindo a confiança dos investidores. O dólar comercial recuou 0,42% e fechou cotado a R$ 5,37, impulsionado pelo cenário doméstico favorável e pelo otimismo internacional.

Ainda na semana: decisões-chave do Federal Reserve

A expectativa é de que o mercado continue atento às decisões do Federal Reserve sobre a política de juros, além dos balanços das grandes empresas de tecnologia. Esses fatores poderão impulsionar ou reverter o otimismo em curto prazo, como alertam analistas.

Especialistas do mercado avaliam que, apesar do bom momento, os investidores aguardam novos sinais políticos e econômicos para consolidar o cenário de recuperação. A semana promete ser decisiva para o desfecho dessa fase de otimismo, que representa a maior valorização do índice desde o início do ano.

Com informações do Jornal Diário do Povo

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